São Paulo, terça-feira, 16 de agosto de 2005

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ECONOMIA GLOBAL

Companhias de capital aberto têm resultado acima do esperado no trimestre; petrolíferas são destaque

Lucro de empresas dos EUA cresce 14%

DA BLOOMBERG

Os lucros das empresas norte-americanas cresceram 14% no segundo trimestre deste ano, o dobro do percentual previsto por analistas. Petrolíferas como a Exxon Mobil puxaram o avanço, ajudadas pelos preços recorde do petróleo.
Analistas ouvidos pela Thomson Financial há um mês estimaram que os lucros corporativos cresceriam 6,6% nos EUA no trimestre. Das 457 empresas que compõem o índice Standard & Poor's 500 e que divulgaram seus resultados até 12 de agosto, 337 anunciaram lucros maiores do que no mesmo período do ano passado, segundo dados compilados pela Bloomberg.
Os lucros das empresas de energia subiram 39%, em seu 11º trimestre consecutivo de expansão superior a 10%. As produtoras e as prestadoras de serviços do setor petrolífero, como a Schlumberger e a Transocean vão continuar a tirar proveito da combinação da oferta limitada de petróleo e da sólida demanda, disse Stephen Leeb, presidente da Leeb Capital Management.
"Até onde a vista alcança, o petróleo será o centro das atenções, com algumas pausas", disse Leeb.
O S&P 500 subiu 2,6% neste ano, para 1.233 pontos.
As 74 empresas de produtos de consumo durável e semidurável que anunciaram resultados até agora tiveram uma queda de 5,9% na expansão de seus resultados. Varejistas norte-americanas, como a Neiman Marcus e a J.C. Penney anunciaram em julho aumento das vendas inferior ao previsto, num momento em que as altas temperaturas do verão no hemisfério Norte prejudicam a demanda por roupas de outono.
As empresas de entretenimento como a Viacom, a Walt Disney e a Yahoo!, podem se beneficiar com os consumidores que foram impedidos de viajar e de gastar em produtos de consumo eventual devido à alta dos preços do petróleo e da gasolina, disse Leeb.
"Se as pessoas não puderem dirigir tanto assim, as ações das empresas de entretenimento vão se fortalecer", disse ele. "Os consumidores vão procurar coisas que possam fazer em casa."


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