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Déficit fiscal dos
EUA deve ficar
em US$ 331 bi
DA REDAÇÃO
O déficit fiscal dos Estados
Unidos deve ficar em US$ 331
bilhões neste ano fiscal (que
termina em setembro), menor
que o do ano passado, quando
foi de US$ 412 bilhões, segundo
previsões do Escritório de Orçamento do Congresso norte-americano.
O aumento da arrecadação,
combinado com o crescimento
contínuo da economia dos Estados Unidos, estão contribuindo para diminuir o déficit,
que bateu recorde no ano passado, de acordo com o escritório, que faz análises de orçamento para os parlamentares.
O relatório traz boas notícias
para o presidente George W.
Bush, já que, durante o seu governo, o déficit fiscal vem aumentando. No começo de
2004, Bush disse que sua meta
era cortar o déficit pela metade
em cinco anos, para cerca de
US$ 260 bilhões em 2009.
O Escritório de Orçamento
prevê déficit de US$ 314 bilhões
no ano fiscal que começa em
outubro. Já a Casa Branca prevê um rombo de US$ 333 bilhões neste ano e US$ 341 bilhões no próximo ano fiscal.
"O relatório confirma a melhora dramática no déficit de
2005, que o governo anunciou
no mês passado", disse Scott
Milburn, porta-voz do Escritório de Orçamento. "Uma economia forte ajudada por cortes
em impostos está gerando arrecadação acima do previsto."
Para congressistas democratas, no entanto, o déficit deve
piorar a longo prazo, especialmente quando a geração dos
"baby boomers" (nascidos logo após a 2ª Guerra Mundial)
começarem a se aposentar.
"O déficit neste ano será menor que o buraco recorde do
ano passado, mas a melhora
deve ter vida curta. Declarações
de vitória sobre os déficits fiscais apenas distraem das perspectivas perturbadoras do orçamento a longo prazo", disse
Kent Conrad, senador democrata por Dakota do Norte.
Financiamento
Investidores estrangeiros
compraram US$ 71,2 bilhões
em ativos norte-americanos no
mês de junho, de acordo com
dados do Tesouro americano.
A notícia aliviou temores sobre
a capacidade dos EUA de financiarem o déficit comercial,
já que a entrada de capital foi
maior que o déficit, que ficou
em US$ 58,5 bilhões em junho.
Os chamados "déficits gêmeos" (em conta corrente e fiscal) dos EUA preocupam investidores, já que a capacidade
de financiamento do país pode
começar a ser insuficiente, mas
o resultado de ontem sugere
que a confiança na economia
americana continua sendo suficiente para financiar seus déficits.
Os investidores americanos
também estão comprando
mais ativos em outros países,
segundo o relatório do Tesouro. Eles compraram US$ 146 bilhões em ativos estrangeiros
nos 12 meses até junho, o maior
valor desde 1994.
Para analistas, o movimento
ocorre devido à desvalorização
do dólar e aos escândalos corporativos nos EUA, que encorajaram investidores a diversificar suas apostas.
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