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CERVEJA
Negócio depende de aval do Cade
AmBev é impedida de negociar ações
da Sucursal de Brasília
As ações da Antarctica transferidas ontem para a
AmBev, empresa
resultante da fusão
da empresa com a
Brahma, só poderão ser negociadas depois que o Cade (Conselho
Administrativo de Defesa Econômica) julgar o processo das cervejarias -o que só deve ocorrer no
ano que vem.
A informação é da relatora do
processo da AmBev no Cade, Hebe Romano. Ontem, depois de ser
informada de que assembléia da
Antarctica havia aprovado a
transferência das ações, ela divulgou uma nota afirmando que a
operação só terá "validade" após
a aprovação do conselho.
"Antes de o Cade se manifestar
(sobre o caso), essas ações, com os
respectivos valores, não podem
ser negociadas. A operação também não pode ser registrada em
junta comercial", informa a nota.
Há dois meses, o plenário do
Cade determinou que Antarctica
e Brahma interrompessem o processo de fusão, anunciado no início de julho, até que o processo
fosse julgado pelo conselho.
A decisão valia para todas as
medidas do processo consideradas irreversíveis economicamente, como a venda de fábricas ou a
demissão de funcionários.
Ontem, Romano afirmou que a
transferência de ações da Antarctica para a AmBev não é irreversível, mas a negociação das ações
dificilmente pode ser desfeita.
"Em última instância, se não
aprovarmos a fusão, as ações podem ser destrocadas. Mas a negociação de ações é irreversível."
A Folha procurou a assessoria
da AmBev, que informou que a
empresa não pretende se pronunciar sobre o processo de fusão até
que o caso seja julgado.
(IV)
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