São Paulo, Quinta-feira, 16 de Setembro de 1999
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CERVEJA
Negócio depende de aval do Cade
AmBev é impedida de negociar ações

da Sucursal de Brasília

As ações da Antarctica transferidas ontem para a AmBev, empresa resultante da fusão da empresa com a Brahma, só poderão ser negociadas depois que o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) julgar o processo das cervejarias -o que só deve ocorrer no ano que vem.
A informação é da relatora do processo da AmBev no Cade, Hebe Romano. Ontem, depois de ser informada de que assembléia da Antarctica havia aprovado a transferência das ações, ela divulgou uma nota afirmando que a operação só terá "validade" após a aprovação do conselho.
"Antes de o Cade se manifestar (sobre o caso), essas ações, com os respectivos valores, não podem ser negociadas. A operação também não pode ser registrada em junta comercial", informa a nota.
Há dois meses, o plenário do Cade determinou que Antarctica e Brahma interrompessem o processo de fusão, anunciado no início de julho, até que o processo fosse julgado pelo conselho.
A decisão valia para todas as medidas do processo consideradas irreversíveis economicamente, como a venda de fábricas ou a demissão de funcionários.
Ontem, Romano afirmou que a transferência de ações da Antarctica para a AmBev não é irreversível, mas a negociação das ações dificilmente pode ser desfeita. "Em última instância, se não aprovarmos a fusão, as ações podem ser destrocadas. Mas a negociação de ações é irreversível."
A Folha procurou a assessoria da AmBev, que informou que a empresa não pretende se pronunciar sobre o processo de fusão até que o caso seja julgado. (IV)


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