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TRIBUTAÇÃO
Tabela também teria alíquotas de 30% e de 35%
Deputado do PT propõe novas faixas para Imposto de Renda
da Sucursal de Brasília
O relator do projeto de lei que
prorroga até 2002 a alíquota de
27,5% do IRPF (Imposto de Renda da Pessoa Física) para quem
ganha mais de R$ 1.800, Ricardo
Berzoini (PT-SP), modificou a
proposta do governo. O deputado
cria quatro alíquotas e aumenta
de R$ 900 para R$ 1.000 a faixa de
isenção.
Pelo projeto, os salários entre
R$ 1.000 e R$ 2.000 terão alíquota
de 15%, com dedução de R$ 150.
A alíquota de 25% incidirá sobre
salários de até R$ 3.000, com dedução de R$ 350. Os salários de
até R$ 4.000 terão alíquota de 30%
e dedução de R$ 500. Acima desse
valor, a alíquota será de 35%, com
dedução de R$ 700.
Segundo o deputado, que é relator do projeto na Comissão de Finanças e Tributação, as pessoas
que ganham até R$ 5.000 brutos
pagarão menos Imposto de Renda. Berzoini lembrou que o Imposto de Renda é calculado depois de descontadas as parcelas
de contribuição previdenciária,
de fundos de pensão e de dependentes.
Além disso, afirmou o deputado, as alíquotas do IR incidem de
forma escalonada sobre as parcelas do salário referentes a cada faixa. Por exemplo, para quem ganha R$ 2.990, os R$ 1.000 iniciais
são isentos, até R$ 2.000 incide a
alíquota de 15% e até R$ 2.990, a
de 25%. Nesse caso, o Imposto de
Renda representará 11,5% do salário.
Berzoini afirmou que o projeto
não reduzirá a arrecadação do
Imposto de Renda da Pessoa Física. "Poderá até haver um aumento de 2% ou 3%", disse. No ano
passado, segundo dados da Receita Federal fornecidos ao deputado, o governo arrecadou R$ 28,7
bilhões de IRPF.
O deputado disse que o projeto
beneficia a maioria dos 9,8 milhões de contribuintes do IRPF.
Segundo ele, 4 milhões de contribuintes ganham até R$ 1.000 e 5
milhões estão na faixa de R$ 1.000
a R$ 5.000.
A presidente da Comissão de Finanças, deputada Yeda Crusius
(PSDB-RS), ainda não marcou a
data de votação do projeto de Berzoini.
O líder do governo na Câmara,
Arnaldo Madeira (PSDB-SP), disse ontem que encaminhou o projeto do petista para análise pela
área econômica do governo. Segundo ele, se o projeto do petista
não estiver adequado aos interesses do governo, será derrubado e
substituído por texto ajustado à
proposta original.
Berzoini foi nomeado relator da
proposta do governo porque já
estava analisando projeto semelhante de autoria do deputado
Marçal Filho (PMDB-SP).
O deputado federal Germano
Rigotto (PMDB-RS), presidente
da Comissão Especial para Reforma Tributária da Câmara, disse
ser favorável ao aumento do teto
de isenção do IR para pessoas físicas.
Colaborou a Sucursal do Rio
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