São Paulo, Quinta-feira, 16 de Setembro de 1999
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Para Amaury Bier, há como compensar

da Sucursal de Brasília

O saldo da conta-petróleo é importante porque o governo conta com essa receita para cumprir as metas de superávit fiscal negociadas com o FMI (Fundo Monetário Internacional).
No caso das revisões deste ano, disse à Folha o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Amaury Bier, a perda de receita está sendo compensada com aumento da arrecadação de tributos federais.
O saldo médio mensal da conta previsto para o último trimestre é considerado um valor muito baixo.
"Isso não faz nem cócegas e está consistente com a deterioração que está havendo", disse Bier.
O secretário afirmou ainda que eventuais frustrações dessa receita poderão ser compensadas. "Nosso compromisso é com o resultado fiscal, não com medidas específicas", disse.
Segundo Bier, não existe no governo, no momento, nenhuma discussão sobre outro reajuste no preço dos combustíveis neste ano.
Já foram concedidos cinco reajustes, quatro deles devido ao aumento do preço externo do petróleo e da desvalorização do real em relação ao dólar.
A política de repassar esses custos foi negociada com o FMI, mas sua aplicação definitiva foi adiada para um futuro ainda não definido.
No último reajuste, por exemplo, houve uma determinação de FHC para que ele fosse de um dígito. Por isso, o governo concedeu reajuste médio de 9% no preço dos combustíveis na refinaria. O aumento para o consumidor variou em cada local porque o preço na bomba está liberado.

Preços internacionais
Os preços internacionais do petróleo iniciaram uma escalada após a decisão da Opep de impor cotas de produção. As cotações caíram muito, até abaixo de US$ 10,00 o barril, há cerca de um ano, prejudicando assim as receitas de países como Venezuela e Rússia.
Ontem, o petróleo tipo Brent fechou a US$ 22,75 o barril, mas nos contratos de novembro, contra US$ 22,81 no dia anterior.
A cotação nos contratos de outubro, já encerrados, fechou em US$ 23,77 na última terça-feira,



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