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Mercado de emprego formal abre 1,8 mi de vagas e supera 2007
Pela primeira vez desde 92, índice acumulado dos últimos 12 meses supera a marca de 2 milhões de novos empregos
Entre as regiões, o Sudeste desponta como o maior gerador de vagas; Estado de SP criou no período 725.402 novos postos com carteira
JULIANNA SOFIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O desempenho do mercado
de trabalho formal nos oito primeiros meses de 2008 ano já
superou o total de postos gerados em todo o ano passado
-considerado o melhor da história do emprego formal. De janeiro a agosto, as vagas com
carteira assinada alcançaram
1,803 milhão de pessoas. Ao
longo de 2007, os novos empregos somaram 1,617 milhão.
Com a marca parcial, o ministro Carlos Lupi (Trabalho)
voltou a afirmar que a expansão
do emprego formal neste ano
será a maior desde 1992, atingindo 2,1 milhões de novas vagas. Em 1992, foi criado o Caged
(Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que
reúne todos os trabalhadores
admitidos e demitidos no mercado formal.
"Setembro, outubro e novembro serão meses de crescimento ainda muito forte do
emprego formal. Entramos em
um ciclo virtuoso, que espero
que dure muito tempo", afirmou o ministro. Embora estime um avanço acelerado do
emprego nos próximos meses,
o ministro destaca que dezembro, tradicionalmente, é um
mês de retração do mercado
por conta da demissão dos trabalhadores contratados para as
festas de fim de ano.
Segundo Lupi, os dados do
Caged de agosto mostram um
outro fato inédito. Pela primeira vez, o Caged acumulado dos
últimos 12 meses superou a
marca de 2 milhões de novos
empregos. Ou seja, de setembro do ano passado a agosto
deste ano, houve a criação de
2,065 milhões de vagas formais. "Isso é importante para o
Brasil, para a América e para o
mundo. Somos diferentes de
outros países, porque criamos
emprego mantendo os direitos
dos trabalhadores."
O setor de serviços continua
sendo o que mais contribuiu
para a geração líquida de vagas.
Foi responsável pela geração de
585 mil postos de trabalho. A
indústria da transformação
aparece em seguida, com 410
mil empregos.
Entre as regiões, mais uma
vez o Sudeste despontou como
o maior gerador de empregos.
O Estado de São Paulo criou no
período 725.402 novas vagas
com carteira assinada.
Agosto
Somente no mês passado, o
mercado de trabalho formal
respondeu pela geração de
239.123 vagas. Trata-se do melhor saldo para o mês, situando-se 79% acima do resultado
verificado em agosto de 2007. A
agricultura foi o único setor
que influenciou negativamente
o mercado. O setor fechou
4.995 vagas por causa da entressafra no centro-sul do país.
A consultoria LCA informou
que sua previsão para o crescimento do emprego formal em
agosto era de 179.265 novos
postos no país. Ou seja, 75% do
resultado apresentado de fato
pelo mercado. A consultoria vinha trabalhando com a projeção de 1,785 milhão de novos
postos para 2008.
Em agosto, pela primeira vez
no ano, o Ministério do Trabalho também detectou que o
emprego nas regiões metropolitanas cresceu mais que nas cidades do interior.
Isso não chegou a surpreender porque, em geral, o segundo
semestre é marcado pela redução de postos na agricultura e
esse é o setor que mais afeta o
mercado de trabalho fora dos
aglomerados urbanos.
Na análise do ministro, a
agricultura continuará fechando vagas até dezembro, recuperando-se a partir de janeiro.
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