São Paulo, terça-feira, 16 de setembro de 2008

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Votorantim e Safra selam nova gigante da celulose

Holding terá fatia de 32% em mercado mundial

AGNALDO BRITO
DA REPORTAGEM LOCAL

A Votorantim Industrial e o Grupo Safra anunciaram ontem ao mercado o acordo final que cria a maior companhia de celulose do mercado mundial, com uma produção total de 6 milhões de toneladas neste ano e receitas totais de R$ 6,3 bilhões. Com o negócio, será constituída uma holding que controlará os ativos da VCP (Votorantim Celulose e Papel S.A.) e da Aracruz.
Quando foi anunciada, a operação foi comparada ao mesmo movimento feito em março de 2007 pela Petrobras e a Braskem na operação de US$ 4 bilhões para a consolidação da indústria petroquímica e a incorporação do Grupo Ipiranga.
O anúncio fecha a operação deflagrada em 6 de agosto, quando a VCP divulgou fato relevante ao mercado no qual fazia uma oferta de R$ 2,7 bilhões por 28% das ações da Arapar, holding controlada pela família Lorentzens.
A Arainvest, controlada pelo conglomerado Safra, tinha como sócia controladora a opção de compra das ações, mas confirmou ontem a renúncia desse direito, conforme expectativa do mercado.
A previsão é que a operação não será extensiva ao mercado. A razão alegada é a de que o negócio não envolve troca de controle, mas um novo arranjo entre os atuais sócios.

Controle partilhado
A nova holding da VCP e da Aracruz terá o controle partilhado entre os grupos Votorantim e Safra, depois que ambos aportarem as participações de VCP e Aracruz na nova empresa. O objetivo é integrar todas as operações da nova gigante produtora de celulose.
Com isso, a nova holding, cujo nome não foi definido, alcançará participação de 32% no mercado mundial de celulose de eucalipto, ou a chamada celulose de fibra curta.
Pelo acordo, a Votorantim Industrial terá 57,23% do capital total da nova companhia, enquanto a Arainvest ficará com 42,77%. O Grupo Safra terá também de desembolsar R$ 530 milhões para a Votorantim a fim de ajustar as participações nos percentuais anunciados. A meta das empresas é concluir a operação até o dia 6 de outubro.


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