|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
País cria 2 milhões de
vagas com carteira assinada no ano
Crescimento de janeiro a setembro quebra recorde
JULIANNA SOFIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O número de novos empregos com carteira assinada atingiu a marca inédita de 2,086
milhões neste ano. De janeiro a
setembro, o total de vagas criadas no mercado de trabalho
formal superou em 25,2% o recorde anterior para o período,
que foi de 1,666 milhão, em
2004.
Apesar da crise que sacode os
mercados financeiros e já começa a aparecer na economia
real, o ministro do Trabalho,
Carlos Lupi, afirmou que neste
mês e no próximo o ritmo de
criação de postos formais não
deverá desacelerar. A previsão
é que, somente em dezembro
-como tradicionalmente ocorre em todos os anos-, o mercado de trabalho apresentará retração.
"O crescimento continuará
forte, principalmente no comércio e na indústria. Teremos
o melhor Natal dos últimos
anos, mesmo levando em conta
a crise americana", declarou
Lupi. Na avaliação do ministério, os efeitos da crise deverão
se restringir ao setor exportador, em particular a agricultura, no segundo semestre do ano
que vem.
Para este ano, o ministro
manteve a meta de geração de
2,1 milhões. "Ficará entre 2,1
milhões e 2,150 milhões, dependendo do comportamento
negativo que teremos em dezembro", afirmou Lupi. Segundo ele, para 2009, a projeção de
novos empregos formais é de
1,8 milhão.
No mês de setembro, a geração de vagas com carteira assinada alcançou 282.841 de trabalhadores. O número é o
maior para o mês e ultrapassou
em 12,6% o recorde anterior,
obtido em 2007. Os dados divulgados fazem parte do Caged
(Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que é
elaborado mensalmente pelo
Ministério do Trabalho desde
1992.
Serviços lideram
Na análise dos dados acumulados no ano, o setor de serviços
foi o que registrou a maior
quantidade de novas vagas:
689.949 postos. Em seguida,
aparece a indústria da transformação, que no mesmo período
criou 523.974 novas vagas.
Todos os setores tiveram desempenho positivo. Os novos
empregos concentraram-se
principalmente no Sudeste,
que respondeu por 1,263 milhão de vagas criadas no ano.
Em setembro, no entanto, a
agricultura perdeu postos de
trabalho, com o fechamento de
25.312 vagas. Na explicação do
ministério, isso ocorreu principalmente nos Estados em que
há cultivo de café e que se encontram na entressafra.
Em Minas Gerais, 22.461 trabalhadores das lavouras cafeeiras foram demitidos. "Isso é típico desse período do ano",
afirmou Lupi, acrescentando
que o número de desligados foi
superior ao dos anos anteriores, porque as contratações nos
últimos meses também foram
maiores.
Texto Anterior: Com escassez de crédito, comércio cresce menos Próximo Texto: Foco: Restaurantes aumentam preços em até 6% devido à alta do dólar e da carne Índice
|