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Elétricas terão empréstimo de R$ 1,4 bilhão
DA SUCURSAL DO RIO
O BNDES (Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social) anunciou ontem a
aprovação de um financiamento de R$ 931 milhões para a estatal Eletronorte, subsidiária da
Eletrobrás. Também estatal, o
banco é a principal fonte de financiamentos de longo prazo
do país.
O financiamento à Eletronorte, destinado às obras de duplicação de Tucuruí, faz parte de
um pacote de R$ 1,4 bilhão
aprovado na semana passada
pela diretoria do BNDES para
financiar obras hidrelétricas.
De acordo com Nelson Siffert, chefe do Departamento de
Energia Elétrica do BNDES, o
empréstimo à Eletronorte não
está ferindo restrições de empréstimos do banco ao setor
público (o banco pode emprestar até 45% de seu patrimônio
líquido a empresas públicas)
nem a restrições específicas de
financiamentos à Eletrobrás.
Isso porque o financiamento
recebeu autorização especial
do CMN (Conselho Monetário
Nacional), em resolução aprovada no mês passado. Segundo
Siffert, uma parte do empréstimo (cerca de R$ 400 milhões)
será usada pela Eletronorte para quitar um empréstimo-ponte de R$ 350 milhões que o
BNDES concedeu em 2001 para
obras na hidrelétrica de Tucuruí (PA), também com autorização especial do CMN.
A Companhia Energética Rio
das Antas, controlada pela
CPFL Energia, receberá R$
435,8 milhões para construir
três usinas no rio das Antas
(RS). A CPFL é controlada por
fundos de pensão e pela VBC
(Votorantim, Bradesco e Camargo Corrêa).
O grupo norte-americano
Xcel Energy vai receber R$ 85
milhões para alongar a dívida
decorrente da construção de
uma usina no rio Itiquira (MT),
inaugurada neste ano (156 megawatts). Siffert disse que o pedido de financiamento estava
no banco desde 1999, mas a crise energética norte-americana
dificultou a aprovação.
Segundo o BNDES, a operação com a Eletronorte não é
inédita. O banco já destinou
outros quatro empréstimos à
estatal, que atua na geração e
na distribuição de energia na
região Norte.
As obras de duplicação de
Tucuruí farão com que a usina,
localizada no rio Tocantins,
passe da potência instalada de
4.345 megawatts para 8.370
megawatts até julho de 2006.
Siffert disse que o BNDES deverá aprovar neste ano financiamentos de aproximadamente R$ 5 bilhões para obras
de hidrelétricas.
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