UOL


São Paulo, terça-feira, 16 de dezembro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

AVIAÇÃO

José Viegas não descarta que Varig e TAM mantenham situação atual

Governo pode deixar aéreas sem fusão

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro José Viegas (Defesa) não descartou a possibilidade de as aéreas Varig e TAM continuarem seus acordos operacionais mesmo sem fusão. Segundo o ministro, essa possibilidade terá que ser estudada pelos ministérios da Fazenda e da Justiça.
"Isso é uma coisa que nós temos que ver com o ministro Márcio [Thomaz Bastos, da Justiça], com o ministro Antonio Palocci [Fazenda], porque temos que verificar nos órgãos de defesa do consumidor", afirmou Viegas. "Claro que isso tem que ser feito de acordo com a lei, de acordo com o interesse do consumidor, com o interesse dos sindicalistas e da boa organização do setor aéreo."
Viegas disse também que as empresas poderão encontrar uma outra solução que não seja a fusão. "Se as empresas persistirem no caminho da fusão, nós continuamos achando que esse é o caminho melhor, o mais fácil e o que assegura melhores resultados. Se as empresas tiverem caminhos alternativos, que reproduzam esses resultados, até com menores custos, tanto melhor", afirmou.
O ministro se referiu ao processo de contorno da crise do setor de aviação civil como uma guerra. "A guerra não terminou, nós ainda temos muita coisa para fazer pela frente", disse. Ele afirmou, no entanto, que as empresas estão "se sentindo suficientemente seguras para respirar um pouco".
Essa melhora da situação das empresas, segundo ele, resulta da ação do governo. "Graças ao marco regulatório, graças à ação do governo, graças ao enxugamento que as empresas fizeram, à redução da oferta e ao combate à concorrência predatória, o índice de aproveitamento do setor subiu de 55% para 63% [dos assentos ocupados nos vôos]".
A fusão é a condição para que o BNDES empreste dinheiro às empresas. A possibilidade de o banco emprestar recursos à Varig, que opera hoje com prejuízo, já foi descartada pelo BNDES.


Texto Anterior: Elétricas terão empréstimo de R$ 1,4 bilhão
Próximo Texto: Veículos: Promotoria quer fim de benefícios concedidos a montadoras no PR
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.