São Paulo, quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

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Ministro ameaça reduzir imposto de aço importado

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Miguel Jorge (Desenvolvimento) ameaçou ontem solicitar à Camex (Câmara de Comércio Exterior) a redução do imposto de importação do aço, caso as siderúrgicas nacionais reajustem os preços do produto no próximo ano. Para ele, no momento não há justificativas para tal elevação.
Ele disse que o governo está acompanhando "os movimentos do preço do aço e, se verificarmos que há aumento que não se justifica, há possibilidade de pedirmos à Camex que volte a reduzir as alíquotas". Atualmente a taxação varia de 8% a 14%.
Segundo a Eletros (associação dos fabricantes de eletrônicos), diversas empresas têm recebido cartas de siderúrgicas informando reajustes nos preços de 7% a 10% a partir de janeiro.
Miguel Jorge revelou que recentemente representantes das siderúrgicas lhe apresentaram notas fiscais e prometeram que não haveria reajuste. No entanto, os empresários disseram que poderiam, sim, reduzir os descontos praticados. "É um eufemismo", disse o ministro.
Apesar da ameaça de reagir em caso de aumento dos preços, ele reconheceu que durante o período em que alguns tipos de aço tiveram as alíquotas zeradas não houve aumento na quantidade de importações, pois haveria dificuldades logísticas na compra do produto fora do país.
"Os fornecedores estrangeiros só firmam contratos de longo prazo", explicou.
Na semana passada, o empresário Jorge Gerdau Johannpeter afirmou, durante a reunião do CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social), que a indústria siderúrgica brasileira precisa conseguir aumentar as exportações por ter uma capacidade instalada 117% superior à demanda interna, mas encontra barreiras logísticas e tributárias para competir no mercado internacional.
(ER)


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