São Paulo, sábado, 17 de janeiro de 2004

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Comércio externo continua muito concentrado

DA REPORTAGEM LOCAL

A intensificação do comércio do Brasil com outras nações emergentes traz vantagens para o país. Mas a redução das trocas comerciais com nações desenvolvidas tem aspectos negativos.
As empresas brasileiras têm conseguido, por exemplo, encontrar mercado para produtos como aço e commodities agrícolas, que, muitas vezes, enfrentam barreiras protecionistas em países desenvolvidos.
Além disso, a expansão das vendas externas brasileiras nos últimos anos -sustentada, em parte, graças às compras dos emergentes- fez com que a participação do país nas exportações mundiais atingisse 1,02% em 2003, segundo estimativa do Iedi. O percentual é pequeno, mas bastante superior ao registrado nos últimos anos.
O problema é que, embora tenham se diversificado, as vendas brasileiras ainda são muito concentradas. Desconsiderando o México, as exportações brasileiras representam 16,43% das compras da América Latina e apenas 0,92% das da Ásia.
Além disso, para analistas, o ideal para a economia brasileira seria que nossa corrente de comércio para países desenvolvidos também estivesse aumentando.
Importar menos de nações desenvolvidas significa, segundo analistas, ter menos acesso a tecnologias mais avançadas.
Além disso, do ponto de vista das exportações, as vendas para nações desenvolvidas são menos sujeitas aos percalços de crises financeiras do que no caso dos países emergentes. (EF)


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