São Paulo, sábado, 17 de janeiro de 2004 |
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O VAIVÉM DAS COMMODITIES CBOT vem à BM&F Diretores da Chicago Board of Trade, a maior Bolsa de agrícolas do mundo, visita a Bolsa de Mercadoria & Futuros nos próximos dias. Em pauta, a criação de um contrato conjunto de soja. A visita da CBOT vem logo após a passagem de chilenos e chineses pela Bolsa paulista. Barreiras continuam O contrato de álcool na New York Board of Trade -se concretizado- pode ser "apenas um sonho de verão para os brasileiros", diz um analista do setor. As barreiras de exportações vão continuar porque elas vêm de produtores, e não da Bolsa, diz. Peru no café Para fugir dos preços baixos do café, os produtores de Araguari (MG) podem iniciar um programa de criação de perus. A Associação de Cafeicultores de Araguari pode firmar um acordo com a Sadia, que fornecerá matrizes e insumos. Os produtores entram com os barracões e mão-de-obra. Café na vitrine O café ganha status e sofisticação nas lojas do Pão de Açúcar a partir da próxima semana. A rede planeja palestras e degustações para levar ao consumidor marcas premiadas de uma das bebidas mais consumidas do Brasil. São blends -mistura de grãos- de safras especiais de fazendas do interior de São Paulo, com sabor e aroma diferentes dos cafés tradicionais. Novas variedades Os produtores de soja de Mato Grosso do Sul terão novas variedades da oleaginosa neste ano. Com tolerância aos nematóides de galhas, maior potencial de rendimento e precoces, as novas cultivares foram desenvolvidas pela Embrapa e Fundação Vegetal. Safrinha recorde A área destinada a milho na safrinha deste ano deverá superar a do plantio normal, feito no verão, pela primeira vez na história do Paraná. Os paranaenses deverão semear milho em 1,45 milhão de hectares, uma área 580% superior à do início da década de 90, diz Vera Zardo, do Deral. Maior ganho Considerando os valores de mercado do milho, a rentabilidade dos produtores seria de 42%, quando comparados esses preços com os custos variáveis da produção. Se comparados ao custo operacional, a rentabilidade seria de 9,6%. No caso do trigo, a rentabilidade sobre os custos variáveis seria de 31%, mas empata com os custos operacionais, diz Zardo. Os números Zardo diz que os custos variáveis de produção de uma saca de milho são de R$ 10,69. Incluindo-se os custos operacionais, as despesas sobem para R$ 13,91. No caso do trigo, os custos variáveis são de R$ 18,29, subindo para R$ 23,80 com o custo operacional. Dependência do Brasil "O futuro do mercado de carne do mundo está no Brasil", disse um dos maiores importadores europeu do produto à Reuters. Tecnologicamente o país já acompanha a Austrália e os EUA, mas tem um gado de pasto, afirmou. Por isso, a União Européia acredita que o Brasil deverá se firmar como o maior fornecedor para o bloco. Importações crescentes As importações de carne bovina da União Européia são crescentes, devido à queda na produção interna. Em 2008, o bloco deverá importar 600 mil toneladas, metade provinda do Brasil. E-mail: mzafalon@folhasp.com.br Texto Anterior: Mercado financeiro: Bolsa encerra semana com perda de 3,2% Próximo Texto: Economia internacional: Indústria avança e confiança cresce nos EUA Índice |
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