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SUÍNOS
Nos biodigestores, fermentação de fezes cria gás metano
Suinocultores fazem dejetos dos porcos virarem fonte energética
THIAGO GUIMARÃES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
Por meio do uso de biodigestores, suinocultores brasileiros estão dando soluções energéticas
para o problema ambiental causado pelos dejetos dos porcos.
Até a década de 70, o potencial
poluente dos dejetos suínos não
preocupava, já que a concentração de animais era pequena. Nas
últimas décadas, com a evolução
tecnológica do setor, passou-se a
produzir grandes volumes de resíduos em pequenas áreas, o que
eleva o risco de contaminação.
Lançados diretamente na natureza, dejetos animais podem provocar doenças no homem e degradação ambiental. O rebanho suíno brasileiro (38 milhões de
cabeças) produz, por mês, 7,2 bilhões de litros de dejetos líquidos.
Estima-se que o destino da
maioria dos dejetos da suinocultura no Brasil seja as esterqueiras,
que podem vazar com as chuvas.
Nos biodigestores -estruturas
fechadas para onde são conduzidos, por tubulações, o esterco e a
urina dos animais- a biomassa
dos dejetos suínos vira fonte alternativa de energia. Dentro deles, o
material fecal entra em processo
natural de fermentação e forma,
entre outras substâncias, o gás
metano, que pode ser transformado em eletricidade.
Desde junho do ano passado, a
fazenda Água Limpa, em Uberlândia (MG), tem um biodigestor,
que recebe dejetos de 4.000 porcos. O biogás (nome dado ao metano resultante da biodigestão)
move um motor que põe para
funcionar um gerador de energia,
que fornece 40 KW/hora.
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