São Paulo, terça-feira, 17 de fevereiro de 2004

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SUÍNOS

Nos biodigestores, fermentação de fezes cria gás metano

Suinocultores fazem dejetos dos porcos virarem fonte energética

THIAGO GUIMARÃES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

Por meio do uso de biodigestores, suinocultores brasileiros estão dando soluções energéticas para o problema ambiental causado pelos dejetos dos porcos.
Até a década de 70, o potencial poluente dos dejetos suínos não preocupava, já que a concentração de animais era pequena. Nas últimas décadas, com a evolução tecnológica do setor, passou-se a produzir grandes volumes de resíduos em pequenas áreas, o que eleva o risco de contaminação.
Lançados diretamente na natureza, dejetos animais podem provocar doenças no homem e degradação ambiental. O rebanho suíno brasileiro (38 milhões de cabeças) produz, por mês, 7,2 bilhões de litros de dejetos líquidos.
Estima-se que o destino da maioria dos dejetos da suinocultura no Brasil seja as esterqueiras, que podem vazar com as chuvas.
Nos biodigestores -estruturas fechadas para onde são conduzidos, por tubulações, o esterco e a urina dos animais- a biomassa dos dejetos suínos vira fonte alternativa de energia. Dentro deles, o material fecal entra em processo natural de fermentação e forma, entre outras substâncias, o gás metano, que pode ser transformado em eletricidade.
Desde junho do ano passado, a fazenda Água Limpa, em Uberlândia (MG), tem um biodigestor, que recebe dejetos de 4.000 porcos. O biogás (nome dado ao metano resultante da biodigestão) move um motor que põe para funcionar um gerador de energia, que fornece 40 KW/hora.


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