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São Paulo, quinta-feira, 17 de abril de 2003

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Presidente da empresa sai e complica fusão

LÁSZLÓ VARGA
DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente da Varig, Manoel Guedes, pediu demissão ontem, o que complica ainda mais a confusão administrativa da empresa.
A saída de Guedes, o terceiro executivo a deixar a presidência em nove meses, reduz as chances de a empresa fechar um acordo de joint venture com a TAM.
Ele entregou ontem à tarde sua carta de demissão ao conselho de curadores da FRB-Par, empresa da Fundação Ruben Berta (dona da Varig) encarregada de administrar a empresa. Guedes estava incumbido de tocar os planos para a criação da joint venture com a TAM.
A Folha apurou que ele se desentendeu com o novo presidente da FRB-Par, Gilberto Rigoni, que não considera vital o negócio. A Varig não anunciou o nome do novo presidente.
Um fato que irritou ainda mais Guedes na elaboração da joint venture foi a chamada "cutização" do conselho de FRB-Par. Na sexta passada, três pessoas ligadas ao PT ou à CUT foram nomeadas conselheiros da empresa, na mesma data em que Rigoni assumiu a presidência do conselho.
Gilmar Carneiro dos Santos, fundador da CUT e do PT; Jorge Luiz Gouveia, técnico licenciado do Dieese; e Renato da Silva La Vechia, da PUC-SP, entraram no conselho.
Guedes encarou o fato como mais um passo para prejudicar a realização da joint venture.
A Folha apurou que a saída de Guedes é encarada pela TAM como empecilho para a aprovação da joint venture.


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