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Presidente da empresa sai e complica fusão
LÁSZLÓ VARGA
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente da Varig, Manoel Guedes, pediu demissão
ontem, o que complica ainda
mais a confusão administrativa
da empresa.
A saída de Guedes, o terceiro
executivo a deixar a presidência em nove meses, reduz as
chances de a empresa fechar
um acordo de joint venture
com a TAM.
Ele entregou ontem à tarde
sua carta de demissão ao conselho de curadores da FRB-Par,
empresa da Fundação Ruben
Berta (dona da Varig) encarregada de administrar a empresa.
Guedes estava incumbido de
tocar os planos para a criação
da joint venture com a TAM.
A Folha apurou que ele se desentendeu com o novo presidente da FRB-Par, Gilberto Rigoni, que não considera vital o
negócio. A Varig não anunciou
o nome do novo presidente.
Um fato que irritou ainda
mais Guedes na elaboração da
joint venture foi a chamada
"cutização" do conselho de
FRB-Par. Na sexta passada, três
pessoas ligadas ao PT ou à CUT
foram nomeadas conselheiros
da empresa, na mesma data em
que Rigoni assumiu a presidência do conselho.
Gilmar Carneiro dos Santos,
fundador da CUT e do PT; Jorge Luiz Gouveia, técnico licenciado do Dieese; e Renato da
Silva La Vechia, da PUC-SP,
entraram no conselho.
Guedes encarou o fato como
mais um passo para prejudicar
a realização da joint venture.
A Folha apurou que a saída
de Guedes é encarada pela
TAM como empecilho para a
aprovação da joint venture.
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