DA REPORTAGEM LOCAL

Um relatório anual do setor de supermercados -que será publicado na revista "Supermercado Moderno", no próximo mês- mostra o Pão de Açúcar à frente do Carrefour no ranking anual do setor, em faturamento. A mudança de posição ocorre pela primeira vez em 13 anos. Os dados para a elaboração do ranking são fornecidos à revista pelas próprias empresas.
O relatório mostra ainda que as pequenas e médias redes foram mais rentáveis que as grandes em 2002. Além disso, o levantamento aponta uma queda de 8,2% no faturamento bruto do segmento em 2002. O volume atingiu R$ 78,9 bilhões. No ano anterior, o montante chegou a R$ 72,9 milhões.
Ao descontar a inflação, entretanto, há uma redução na receita. A Fipe, por exemplo, apurou inflação de quase 10% no ano, superior ao ganho do setor (8,2%). "Foi um ano complicado", diz Valdir Orsetti, responsável pela pesquisa.
Os supermercados tiveram uma elevação de 5% no faturamento em 2002 -com a inflação, no entanto, há perda. No entanto, as redes de hipermercados registraram ganhos -a elevação no faturamento atingiu 16%.

Pequenos e lucrativos
Segundo o relatório, as redes de médio porte registraram os melhores resultados de vendas por metro quadrado. O líder nesse ranking é o Supermercado Caçulinha, com lojas no Estado de Tocantins. Em seguida aparece o Futurama, que opera com poucas lojas na capital paulista.
Pelos dados apresentados pelas companhias, o Pão de Açúcar ocupa a liderança no ranking geral do setor, com R$ 10,8 bilhões de faturamento bruto em 2002. Em seguida está o Carrefour (R$ 10 bilhões). O Sonae, rede do Sul, ultrapassou o Bompreço, do Nordeste. Havia 13 anos o Carrefour permanecia na liderança.
Outro levantamento, da Abras, entidade que representa o setor, já apontava a liderança do Pão de Açúcar há dois anos. No entanto, o relatório da Abras tem metodologia diferente. Ele contabiliza a venda de eletrônicos, por exemplo. A "Supermercado Moderno" soma só a receita com a comercialização de alimentos e gasolina.


Texto Anterior: Varejo: No "cabo-de-guerra" pelos preços, indústrias perdem mais que lojas
Próximo Texto: Mercado financeiro: Bovespa recua 0,51% com tombo nos EUA
Índice