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MERCADO FINANCEIRO
Bolsa chegou a subir 1,14%, mas não resistiu à queda do índice Dow Jones; movimento foi de R$ 1,4 bi
Bovespa recua 0,51% com tombo nos EUA
DA REPORTAGEM LOCAL
Após três altas consecutivas, o
pregão de ontem na Bolsa de Valores de São Paulo registrou volatilidade. O Ibovespa, índice que
mede a variação dos 54 papéis
mais negociados, chegou a subir
1,14%, mas fechou em baixa de
0,51%, aos 12.043 pontos.
Ontem o vencimento de opções
na Bovespa movimentou R$ 296
milhões, valor dentro do previsto
pelos operadores.
Apesar disso, o volume total
transacionado foi de R$ 1,4 bilhão, muito superior às expectativas de um movimento mais baixo
para esta semana, devido ao feriado de Páscoa. Segundo operadores, muitos fundos anteciparam
suas operações.
Para os analistas, o principal
motivo da queda na Bovespa ontem foi a influência das Bolsas nos
Estados Unidos. A divulgação de
resultados corporativos abaixo do
esperado, entre eles o da Coca-Cola, fizeram o índice Dow Jones
da Bolsa de Nova York fechar em
baixa de 1,72%.
No Brasil, as maiores desvalorizações se concentraram no setor
de telecomunicações. As ações
preferenciais da Net caíram 6%,
seguidas pela Tele Celular Sul ON,
que se desvalorizou em 5,7%, e
pela Tele Leste Celular PN, que fechou com queda de 4,4%.
As maiores altas foram Tractebel ON (18,4%), Embraer PN
(3,3%) e Usiminas PNA (3,2%).
Perdas
De acordo com uma pesquisa
divulgada ontem pela Bovespa, as
companhias brasileiras encerraram o primeiro trimestre de 2003
com perda de 2,72% de seu valor
de mercado, em comparação com
dezembro do ano passado.
No período analisado, o setor
que mais perdeu foi o de material
de transporte, com queda de
28,7%, seguido pelos de comércio
(18,7%) e mineração (10,9%).
Em contrapartida, as empresas
que fazem parte do setor de papel
e celulose aumentaram em 10,1%
seu valor de mercado. Algumas
ações do setor tiveram forte alta
nos últimos três meses, como a
preferencial da Klabin, que subiu
98,1%, e a PNA da Bahia Sul, que
se valorizou em 35,2%.
Em seguida, os setores que mais
ganharam foram os de metalurgia
(5,3%) e financeiro (4,6%).
O estudo analisou 229 empresas, das 391 que são atualmente
listadas na Bovespa, e as dividiu
em 12 setores.
(GEORGIA CARAPETKOV)
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