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É preciso "conter o entusiasmo", afirma Petrobras
DA SUCURSAL DO RIO
Numa palestra para investidores, a diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria das
Graças Foster, disse ontem que
é preciso "conter o entusiasmo" ao falar de reservas de petróleo e gás e se basear apenas
em dados concretos.
"Como se pode falar antes
mesmo de [a perfuração do poço] ter atingido a camada pré-sal?", indagou a diretora, que
proferiu palestra no Fórum
Portugal, evento que reuniu
empresários portugueses.
A diretora não respondeu diretamente ao diretor-geral da
ANP (Agência Nacional do Petróleo), Haroldo Lima, que falou de possíveis reservas do
campo de Carioca de 33 bilhões
de barris com base em dados
publicados na imprensa internacional. Mas arrancou risos da
platéia.
Segundo ela, só daqui a três
meses, será possível dimensionar com mais precisão o volume do reservatório do campo
de Carioca. "Hoje, é dia de falar
pouco", afirmou.
Para Maria das Graças Foster, é natural a excitação que
atravessa o setor em razão das
perspectivas bastante otimistas abertas com a exploração da
camada pré-sal, mas é necessário "segurar a ansiedade".
Investimentos
Sócia da Petrobras em quatro
campos do pré-sal na bacia de
Santos, a portuguesa Galp investiu US$ 270 milhões especialmente nesses projetos e diz
dispor de capital para desenvolver as futuras descobertas.
A empresa tem 10% do campo de Tupi, 20% de Júpiter,
14% de Bem-Te-Vi e 20% de
Caramba. Em todos, a Petrobras é majoritária.
Apesar de otimista com os resultados, o presidente da Galp
no Brasil, Ricardo Peixoto, afirmou que não é possível ainda
dimensionar as reservas de todos os campos.
Já a Partex, outra empresa
portuguesa, investirá com os
sócios (Shell e Petrobras) de
US$ 60 milhões a US$ 70 milhões em cada um dos dois poços que irá perfurar em outro
bloco do pré-sal, o BMS-10.
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