DE WASHINGTON

O presidente do Banco Mundial, Paul Wolfowitz, estaria negociando uma "saída honrosa" da instituição, segundo informações de pessoas envolvidas na negociação que pediram para não ser identificadas. A decisão teria sido tomada após encontro com o comitê de diretores-executivos da instituição, ocorrido na terça-feira.
Wolfowitz estaria exigindo um reconhecimento público por parte da direção do Bird de que tanto ele como os diretores são responsáveis pela situação insustentável a que o banco chegou. No encontro de terça, ele havia "implorado" por justiça, segundo transcrição de sua fala.
O comitê decidiria seu destino ontem, mas, a pedido do representante norte-americano, Eli Whitney Debevoise, teria adiado a definição para hoje. Wolfowitz assumiu que interferiu na promoção e no aumento salarial de sua namorada, Shaha Riza, também funcionária do Bird. Segundo o comitê, ele é culpado ainda por ter desrespeitado o código de ética da instituição e prejudicado sua imagem, o que ele nega.
"Se vocês querem discutir minha liderança, meu estilo de gerenciamento e as políticas que apóio, vamos fazer isso", teria dito ele ao comitê, segundo a transcrição. O resto, teria dito, não é "justo nem legítimo". Wolfowitz diz que o caso de nepotismo é uma desculpa para que os funcionários do banco se vinguem dele, por ter tentado mudar uma estrutura que julgava burocrática e, em alguns casos, corrupta. (SD)


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