São Paulo, quinta-feira, 17 de maio de 2007

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AMÉRICA DO SUL

Número 2 do FMI questiona viabilidade de Banco do Sul

DA REDAÇÃO

O vice-diretor-gerente do FMI, o americano John Lipsky, questionou a viabilidade do projeto do presidente venezuelano, Hugo Chávez, de criar o Banco do Sul -instituição de fomento para a América do Sul.
"Eu não acredito que essa idéia [criação do Banco do Sul] esteja muito clara e, de qualquer maneira, ainda não há acordo", afirmou Lipsky, o número dois do FMI, abaixo apenas do espanhol Rodrigo de Rato.
Para ele, "não é muito realista" a formação de um fundo em que os países sul-americanos tornariam seus recursos disponíveis, sem fazer algum tipo de exigência, para as nações da região em dificuldades financeiras.
De acordo com Lipsky, independentemente das características da nova instituição, o FMI "certamente" irá cooperar com ela.
No início de maio, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que a criação da instituição interessa ao Brasil, embora o país não tenha necessidade de financiamento como os demais da região.
Chávez anunciou no final de abril que vai retirar formalmente a Venezuela do FMI e do Banco Mundial para criar o Banco do Sul. A decisão, que ainda não foi formalizada, é considerada um ato mais simbólico, já que o país cancelou suas dívidas com as duas instituições.
Ontem, o ministro de Finanças da Venezuela, Rodrigo Cabezas, afirmou que o país não deverá ter problemas com os credores pela saída das instituições.


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