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AMÉRICA DO SUL
Número 2 do FMI questiona viabilidade de Banco do Sul
DA REDAÇÃO
O vice-diretor-gerente do
FMI, o americano John
Lipsky, questionou a viabilidade do projeto do presidente venezuelano, Hugo Chávez, de criar o Banco do Sul
-instituição de fomento para a América do Sul.
"Eu não acredito que essa
idéia [criação do Banco do
Sul] esteja muito clara e, de
qualquer maneira, ainda não
há acordo", afirmou Lipsky,
o número dois do FMI, abaixo apenas do espanhol Rodrigo de Rato.
Para ele, "não é muito realista" a formação de um fundo em que os países sul-americanos tornariam seus recursos disponíveis, sem fazer
algum tipo de exigência, para
as nações da região em dificuldades financeiras.
De acordo com Lipsky, independentemente das características da nova instituição, o FMI "certamente" irá
cooperar com ela.
No início de maio, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que a criação da
instituição interessa ao Brasil, embora o país não tenha
necessidade de financiamento como os demais da região.
Chávez anunciou no final
de abril que vai retirar formalmente a Venezuela do
FMI e do Banco Mundial para criar o Banco do Sul. A decisão, que ainda não foi formalizada, é considerada um
ato mais simbólico, já que o
país cancelou suas dívidas
com as duas instituições.
Ontem, o ministro de Finanças da Venezuela, Rodrigo Cabezas, afirmou que o
país não deverá ter problemas com os credores pela
saída das instituições.
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