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Rumor de que Vale comprará rival afeta valor de ações
Papéis da mineradora Rio Tinto subiram ontem 2,59%
DA SUCURSAL DO RIO
As ações da mineradora Rio
Tinto subiram 2,59% ontem na
Bolsa de Londres, impulsionadas por rumores de uma oferta
de compra pela Vale do Rio Doce. A empresa tem sido alvo de
especulações referentes a uma
oferta de aquisição pela BHP, a
maior mineradora do mundo.
A boataria teve efeito benéfico nos papéis da empresa, que
subiram mais de 15% desde o
começo do mês. Analistas ouvidos pela Folha dizem que especulações refletem o movimento de consolidação do setor minerador. A Rio Tinto tem operações na Austrália, América
do Norte, América do Sul, Ásia,
Europa e África do Sul e trabalha com alumínio, diamantes,
cobre e minério de ferro.
Vale e Rio Tinto não comentam. As ações da Vale fecharam
em alta de 1,87% na Bovespa,
cotadas a R$ 74,29. Segundo
analistas, as ações acompanharam o movimento de alta generalizada da Bovespa. Para analistas ouvidos pela Folha, a hipótese de a Vale comprar a Rio
Tinto ainda é remota. A Vale
arca com o pagamento da dívida referente à compra da produtora de níquel canadense Inco, de cerca de US$ 18 bilhões.
Para Eduardo Kondo, da corretora Concórdia, a Vale conseguiu equacionar a dívida de forma "surpreendente". "Ela fez
operações de venda de participações em outras empresas e
mostrou capacidade de geração
de caixa acima das expectativas. É preciso considerar que a
Rio Tinto tem porte muito
grande, mas não tem nível de
endividamento exagerado."
Segundo Bruno Rocha, analista de mineração da Tendências, as empresas optam por
realizar mais fusões e aquisições para atender a demanda
crescente. "A aquisição é a maneira mais rápida de ganhar
mercado, a opção pelo crescimento orgânico com exploração de novas minas leva mais
tempo."
Pesquisa da consultoria
KPMG confirma que há movimento crescente de fusões no
setor. Em 2006, foram nove
operações deste tipo contra
apenas duas em 2005.
(JL)
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