|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Vaivém das commodities
mzafalon@folhasp.com.br
DÓLAR A R$ 2,70
A situação da agricultura
brasileira só não é muito mais
grave porque "teoricamente"
parte do setor está operando
com o dólar a R$ 2,70, segundo
o analista José Pitoli. Para ele,
os preços internacionais da soja e do milho estão hoje 36%
acima da média histórica, o que
"teoricamente" confere o valor
de R$ 2,70 ao dólar.
BOLSO VAZIO
Com dólar a R$ 1,95 ou com o
valor "teórico" da moeda norte-americana a R$ 2,70, devido
à alta dos preços internacionais, a verdade é que o produtor
está deixando de embolsar renda, segundo o analista. "E vai ficar pior", avisa. A força de reposição de preços externos já passou, com a recomposição dos
estoques. A partir de agora, as
quedas do dólar vão cortar ainda mais na carne.
PODE CAIR MAIS
Pitoli diz que, rompido o piso
psicológico de R$ 2, não é difícil
a moeda chegar a R$ 1,90, inclusive com o auxílio do agronegócio. Na avaliação dele, o setor deve trazer ainda para o
país US$ 4,5 bilhões em soja e
US$ 650 milhões em milho,
além de divisas em carnes, açúcar, café e suco.
ACIMA DA MÉDIA
As exportações do agronegócio paulista atingiram US$ 4,75
bilhões nos quatro primeiros
meses do ano, 34% a mais do
que em igual período de 2006.
As importações cresceram
31%, para US$ 1,59 bilhão, segundo dados do Instituto de
Economia Agrícola. As exportações do agronegócio brasileiro cresceram 24%, e as importações aumentaram 42% no
período.
INVESTIMENTOS
A Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) vai repassar
R$ 16,5 milhões para a área de
P&D da Ouro Fino, empresa
que investe R$ 30 milhões na
construção de uma fábrica de
vacinas contra a febre aftosa,
em Cravinhos (SP).
CANA E CONTRADIÇÕES
Uma exposição fotográfica
ambulante de Patrícia Cardoso
revela o mundo da cana, seus
desdobramentos e contradições. Após uma semana em Ribeirão Preto, a exposição percorre ainda outras cinco cidades paulistas: Araraquara, Araras, Pirassununga, Itapira e Piracicaba, ficando também uma
semana em cada.
DO FACÃO À MÁQUINA
A fotógrafa, que percorreu
6.000 quilômetros pelas principais regiões canavieiras do
Estado, expõe contradições onde convivem o velho e o novo, o
rico e o pobre, o informado e o
sem instrução, além, é claro, do
facão e da máquina.
COMERCIALIZAÇÃO
Pelo menos 66% da soja produzida neste ano já foi comercializada, segundo estimativas
da Agência Rural, de Curitiba.
No ano passado, esse percentual era de 52%. A comercialização nos Estados líderes em
produção é a seguinte: Mato
Grosso, 85%; Paraná, 53%; Rio
Grande do Sul, 35%, e Goiás,
80%.
Texto Anterior: Mídia: Editora Três vai à Justiça para negociar dívidas Próximo Texto: Kaiser e agência são condenadas por plágio Índice
|