São Paulo, quinta-feira, 17 de maio de 2007

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Vaivém das commodities

mzafalon@folhasp.com.br

DÓLAR A R$ 2,70
A situação da agricultura brasileira só não é muito mais grave porque "teoricamente" parte do setor está operando com o dólar a R$ 2,70, segundo o analista José Pitoli. Para ele, os preços internacionais da soja e do milho estão hoje 36% acima da média histórica, o que "teoricamente" confere o valor de R$ 2,70 ao dólar.

BOLSO VAZIO
Com dólar a R$ 1,95 ou com o valor "teórico" da moeda norte-americana a R$ 2,70, devido à alta dos preços internacionais, a verdade é que o produtor está deixando de embolsar renda, segundo o analista. "E vai ficar pior", avisa. A força de reposição de preços externos já passou, com a recomposição dos estoques. A partir de agora, as quedas do dólar vão cortar ainda mais na carne.

PODE CAIR MAIS
Pitoli diz que, rompido o piso psicológico de R$ 2, não é difícil a moeda chegar a R$ 1,90, inclusive com o auxílio do agronegócio. Na avaliação dele, o setor deve trazer ainda para o país US$ 4,5 bilhões em soja e US$ 650 milhões em milho, além de divisas em carnes, açúcar, café e suco.

ACIMA DA MÉDIA
As exportações do agronegócio paulista atingiram US$ 4,75 bilhões nos quatro primeiros meses do ano, 34% a mais do que em igual período de 2006. As importações cresceram 31%, para US$ 1,59 bilhão, segundo dados do Instituto de Economia Agrícola. As exportações do agronegócio brasileiro cresceram 24%, e as importações aumentaram 42% no período.

INVESTIMENTOS
A Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) vai repassar R$ 16,5 milhões para a área de P&D da Ouro Fino, empresa que investe R$ 30 milhões na construção de uma fábrica de vacinas contra a febre aftosa, em Cravinhos (SP).

CANA E CONTRADIÇÕES
Uma exposição fotográfica ambulante de Patrícia Cardoso revela o mundo da cana, seus desdobramentos e contradições. Após uma semana em Ribeirão Preto, a exposição percorre ainda outras cinco cidades paulistas: Araraquara, Araras, Pirassununga, Itapira e Piracicaba, ficando também uma semana em cada.

DO FACÃO À MÁQUINA
A fotógrafa, que percorreu 6.000 quilômetros pelas principais regiões canavieiras do Estado, expõe contradições onde convivem o velho e o novo, o rico e o pobre, o informado e o sem instrução, além, é claro, do facão e da máquina.

COMERCIALIZAÇÃO
Pelo menos 66% da soja produzida neste ano já foi comercializada, segundo estimativas da Agência Rural, de Curitiba. No ano passado, esse percentual era de 52%. A comercialização nos Estados líderes em produção é a seguinte: Mato Grosso, 85%; Paraná, 53%; Rio Grande do Sul, 35%, e Goiás, 80%.


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