São Paulo, terça-feira, 17 de junho de 2008

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Economia do setor tem Lula como defensor

DA REDAÇÃO

A atual safra de cana vem sendo ultramonitorada. A exploração de trabalhadores e o uso de mão-de-obra infantil são observados por uma série de entidades. Do ponto de vista ambiental, não há trégua para as queimadas.
Uma grande pressão se relaciona à crise dos alimentos. De funcionários das Nações Unidas a movimentos sociais, o argumento é sempre parecido -o combustível renovável como ameaça à segurança alimentar é um dos motivos da inflação mundial.
O presidente Lula encampou a tese de que o álcool de cana é melhor para o ambiente do que os combustíveis fósseis, derivados do petróleo, e não prejudica a produção de alimentos. A rotação de culturas essencial para manter a produtividade dos canaviais leva à necessidade de plantar lavouras "boas de prato" -como feijão, amendoim e soja.
Em uma série de eventos, como na cúpula da FAO, realizada no começo do mês em Roma, a retórica presidencial vai além. Afirma que o Brasil se preocupa com as florestas, enquanto os países ricos dizimaram as deles. Os críticos escondem das discussões a alta do petróleo e os subsídios agrícolas de países desenvolvidos.
Lula insiste em que o país não pode desperdiçar oportunidades novas -entre elas, as relacionadas aos biocombustíveis. Por isso, quando lançou a política industrial, convocou "todos os brasileiros, sem distinção, para essa batalha", de defendê-los.
Embora não poupe o álcool de milho -que tirou espaço de lavouras para alimentação humana nos EUA-, Lula classificou de "distorção absurda" vincular a crise mundial de abastecimento aos biocombustíveis. (GF)

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