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Economia do setor tem Lula como defensor
DA REDAÇÃO
A atual safra de cana
vem sendo ultramonitorada. A exploração de trabalhadores e o uso de mão-de-obra infantil são observados por uma série de entidades. Do ponto de vista
ambiental, não há trégua
para as queimadas.
Uma grande pressão se
relaciona à crise dos alimentos. De funcionários
das Nações Unidas a movimentos sociais, o argumento é sempre parecido
-o combustível renovável
como ameaça à segurança
alimentar é um dos motivos da inflação mundial.
O presidente Lula encampou a tese de que o álcool de cana é melhor para
o ambiente do que os combustíveis fósseis, derivados do petróleo, e não prejudica a produção de alimentos. A rotação de culturas essencial para manter a produtividade dos canaviais leva à necessidade
de plantar lavouras "boas
de prato" -como feijão,
amendoim e soja.
Em uma série de eventos, como na cúpula da
FAO, realizada no começo
do mês em Roma, a retórica presidencial vai além.
Afirma que o Brasil se
preocupa com as florestas,
enquanto os países ricos
dizimaram as deles. Os críticos escondem das discussões a alta do petróleo e
os subsídios agrícolas de
países desenvolvidos.
Lula insiste em que o
país não pode desperdiçar
oportunidades novas
-entre elas, as relacionadas aos biocombustíveis.
Por isso, quando lançou a
política industrial, convocou "todos os brasileiros,
sem distinção, para essa
batalha", de defendê-los.
Embora não poupe o álcool de milho -que tirou
espaço de lavouras para
alimentação humana nos
EUA-, Lula classificou de
"distorção absurda" vincular a crise mundial de
abastecimento aos biocombustíveis.
(GF)
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