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Nova tributação de fundos deve ser acelerada
DA REPORTAGEM LOCAL
A dificuldade de os fundos e os CDBs renderem
mais que os 6,17% mais a
TR da populança deve acelerar a mudança na tributação da renda fixa prometida pelo ministro Guido
Mantega (Fazenda) e que,
até o momento, não foi
anunciada.
Segundo consultores de
finanças pessoais, poucos
fundos oferecidos no varejo bancário conseguem
render mais do que a caderneta. Simulações feitas
a pedido da Folha mostram que, no caso dos fundos DI, apenas os que cobram taxas de administração de menos de 1,25% ao
ano conseguem ter rendimento líquido superior ao
da poupança.
Os especialistas sugerem que o investidor negocie com o gerente do
banco a adesão a fundos
de investimento com taxas menores, normalmente oferecidas a clientes de
alta renda. Bancos como o
Bradesco anunciaram a
redução do valor de aplicação mínima para fundos
com taxas menores, voltados a esses clientes.
A previsão de mudança
nas regras da poupança
não estancou a migração
dos recursos dos fundos
de investimento, que compram papéis da dívida pública. O governo também
não enviou o projeto de lei
que prevê a tributação da
poupança ao Congresso.
Para especialistas, o
anúncio de mudança na
correção da poupança já
surgiu incompatível com a
necessidade de revisão no
retorno das aplicações financeiras, que se tornou
urgente após a redução
dos juros básicos para menos de 10% ao ano.
Desde abril, o Banco
Central sinalizou em sua
ata do Copom que o rendimento líquido de 6,17%
mais TR dificulta a queda
na taxa básica de juros.
No mercado, analistas
afirmam que, enquanto
não resolver o problema
da poupança, o BC não terá como reduzir os juros
para muito menos de 9%
ao ano. Na última reunião
do Copom, na semana
passada, a taxa Selic caiu
de 10,25% para 9,25%.
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