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Publicidade vai recuar no mundo e crescer no Brasil, diz pesquisa
América Latina será região com a maior alta nos gastos em mídia e entretenimento até 2013, aponta estudo feito em 48 países
Mídias tradicionais, como jornais, revistas e TV, devem continuar com investimento em alta na região e registrar retração em outras áreas
CRISTIANE BARBIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
A América Latina -e o Brasil,
em especial- está na contramão de previsões negativas na
área de publicidade no mundo.
É o que mostra o relatório "Entretenimento e Mídia Global -
2009-2013", divulgado ontem
pela consultoria PricewaterhouseCoopers, após consulta a
anunciantes, agências de publicidade e empresas de comunicações de 48 países.
Em sua décima edição, a pesquisa estima que, neste ano, os
investimentos feitos em propaganda no mundo cairão 12,1%.
No ano que vem, o declínio deve ser de 2,7% e, em 2011, haverá leve alta, de 1,4%. Mesmo assim, até 2011, a receita gerada
com investimentos em propaganda continuará 13,3% menor
do que a do ano passado.
A América Latina, no entanto, está longe de ver tamanho
encolhimento de mercado, tanto nos investimentos feitos
apenas em publicidade quanto
nos realizados em entretenimento e mídia, como videogames e música digital.
Só em publicidade, o aumento nos investimentos será de
1,9% na região.
A América Latina, segundo a
pesquisa, também será a área
de maior crescimento nos gastos em entretenimento e mídia,
com alta anual média de 5,1%.
Apesar de a consultoria esperar
retração de 1% para este ano, a
expectativa é que o crescimento volte à casa de dois dígitos
em 2013.
Brasil em alta
Na região, o Brasil será o país
com a maior expansão média
nos investimentos gerais, com
alta de 4,6% ao ano. Deverão
ser movimentados aqui US$ 33
bilhões em 2013, ante os US$
26 bilhões de 2008. Apenas
com publicidade, o valor total
estimado de investimentos para 2013 é de US$ 10,6 bilhões.
No ano passado, os gastos somaram US$ 9,4 bilhões.
Outro ponto dissonante da
América Latina em relação ao
resto do mundo diz respeito à
continuidade do crescimento
das mídias tradicionais. Apesar
de internet, videogame, música
digital e outras novas mídias terem previsão de forte alta, jornais, revistas e TV não devem
perder receita na região.
Não é o que deve acontecer
em outros países. O mercado de
jornais (que inclui faturamento
com publicidade e circulação)
na América do Norte cairá 5,8%
entre 2009 e 2013, prevê a pesquisa. A mesma tendência se
dará na Europa. Na Ásia, o número crescerá só 0,1%. Já na
América Latina, a alta será de
1,9% no período. No Brasil, prevê-se avanço de 1,4%.
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