São Paulo, sexta-feira, 17 de julho de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Recém-admitidos recebem salários 12% menores

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Levantamento feito pelo Ministério do Trabalho mostra que, apesar da expansão do emprego que tem sido observada nos últimos anos, as novas vagas oferecem salários inferiores àqueles recebidos pelos demitidos. E neste ano, marcado pelo agravamento da crise, a diferença entre essas duas cifras subiu.
Os números se referem aos trabalhadores com carteira assinada. No primeiro semestre deste ano, o salário médio das pessoas contratadas foi de R$ 754,79, enquanto as pessoas demitidas no período recebiam R$ 858,58.
Ou seja, os novos empregados recebiam, quando admitidos, 12% menos do que aqueles que perderam o emprego na mesma época. No primeiro semestre do ano passado, essa diferença estava em 6%.
O ministro Carlos Lupi (Trabalho) diz que, normalmente, as empresas demitem pessoas com mais tempo de casa -e, consequentemente, com maiores vencimentos- e as substituem por trabalhadores que ganham menos, e isso explica a diferença nos números.
Ao divulgar o levantamento, Lupi ressaltou que, independentemente do fenômeno, os salários pagos às pessoas admitidas no primeiro semestre deste ano são maiores do que a média observada entre janeiro e junho do ano passado. A alta ocorrida no período ficou 0,57% acima da inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).
A pesquisa do ministério mostra ainda que os salários pagos para os homens contratados com carteira assinada são maiores do que os das mulheres -média nacional de R$ 776,78 e de R$ 687,58, respectivamente.
Já na distribuição geográfica, São Paulo e Rio de Janeiro são os Estados que aparecem como aqueles em que as empresas pagam os maiores salários aos empregados recém-admitidos: R$ 862,07 no caso paulista, e R$ 843,96, em média, no Rio.
Não há, porém, o predomínio de uma região específica do país nessa lista. Atrás de São Paulo e Rio, ficaram Distrito Federal (R$ 801,79), Acre (R$ 748,25) e Rondônia (R$ 723,47). Já os salários mais baixos foram pagos no Piauí (R$ 568,98), na Paraíba (R$ 577,04) e no Rio Grande do Norte (R$ 587,42).


Texto Anterior: País deixa de criar 1 milhão de vagas no ano
Próximo Texto: Setores desonerados não ampliam empregos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.