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Recém-admitidos recebem salários 12% menores
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Levantamento feito pelo
Ministério do Trabalho mostra que, apesar da expansão
do emprego que tem sido observada nos últimos anos, as
novas vagas oferecem salários inferiores àqueles recebidos pelos demitidos. E neste ano, marcado pelo agravamento da crise, a diferença
entre essas duas cifras subiu.
Os números se referem aos
trabalhadores com carteira
assinada. No primeiro semestre deste ano, o salário
médio das pessoas contratadas foi de R$ 754,79, enquanto as pessoas demitidas no
período recebiam R$ 858,58.
Ou seja, os novos empregados recebiam, quando admitidos, 12% menos do que
aqueles que perderam o emprego na mesma época. No
primeiro semestre do ano
passado, essa diferença estava em 6%.
O ministro Carlos Lupi
(Trabalho) diz que, normalmente, as empresas demitem pessoas com mais tempo
de casa -e, consequentemente, com maiores vencimentos- e as substituem
por trabalhadores que ganham menos, e isso explica a
diferença nos números.
Ao divulgar o levantamento, Lupi ressaltou que, independentemente do fenômeno, os salários pagos às pessoas admitidas no primeiro
semestre deste ano são
maiores do que a média observada entre janeiro e junho
do ano passado. A alta ocorrida no período ficou 0,57%
acima da inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de
Preços ao Consumidor).
A pesquisa do ministério
mostra ainda que os salários
pagos para os homens contratados com carteira assinada são maiores do que os das
mulheres -média nacional
de R$ 776,78 e de R$ 687,58,
respectivamente.
Já na distribuição geográfica, São Paulo e Rio de Janeiro são os Estados que aparecem como aqueles em que
as empresas pagam os maiores salários aos empregados
recém-admitidos: R$ 862,07
no caso paulista, e R$ 843,96,
em média, no Rio.
Não há, porém, o predomínio de uma região específica
do país nessa lista. Atrás de
São Paulo e Rio, ficaram Distrito Federal (R$ 801,79),
Acre (R$ 748,25) e Rondônia
(R$ 723,47). Já os salários
mais baixos foram pagos no
Piauí (R$ 568,98), na Paraíba
(R$ 577,04) e no Rio Grande
do Norte (R$ 587,42).
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