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'Blindados' da crise, siderurgia, energia e carros lideram ganhos
DA REPORTAGEM LOCAL
O estudo da Economática
mostra os setores de energia,
siderurgia e de veículos como
os mais lucrativos no primeiro
semestre. Em comum, os três
têm foco no mercado interno e
"blindagem" contra a crise.
Para Ricardo Tadeu Martins,
da corretora Planner, a crise
externa ainda não apareceu na
maioria dos setores. Martins
afirma que o resultado fraco
das teles foi conseqüência do
aumento de competição.
"O segundo trimestre ainda
não refletiu esse cenário de desaceleração internacional. A
gente vê os bancos com custo
de captação maior e rentabilidade mais baixa, mas não julgo
isso relevante. Por enquanto,
os resultados vão continuar
bons", disse Martins.
"O impacto dos novos riscos
de inflação alta e de desaceleração quase não foram sentidos
ainda. Os resultados foram todos bons, com algumas exceções, como o setor de alimentos, que foi afetado pela redução de margens. O setor siderúrgico veio bom pelo vigor do
mercado interno. Não sofreu
ainda o efeito do aumento da
taxa de juros. O mercado está
com expectativas negativas é
para este semestre", disse Kelly
Trentin, da corretora SLW.
Para ela, a Vale foi uma das
poucas empresas que já sentiram o impacto da desaceleração mundial no balanço devido
à queda no preço do níquel.
Já Álvaro Bandeira, diretor
da corretora Ágora, afirma que
essa tendência não deve se espalhar neste semestre. "O Brasil continua "blindado". Claro
que não é uma ilha, mas vai sentir menos. Não acho que o que
aconteceu com o níquel vá se
repetir com outras commodities minerais, como o minério
de ferro. O mais preocupante
são as commodities alimentares, que devem recuar."
(TS)
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