São Paulo, domingo, 17 de agosto de 2008

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'Blindados' da crise, siderurgia, energia e carros lideram ganhos

DA REPORTAGEM LOCAL

O estudo da Economática mostra os setores de energia, siderurgia e de veículos como os mais lucrativos no primeiro semestre. Em comum, os três têm foco no mercado interno e "blindagem" contra a crise.
Para Ricardo Tadeu Martins, da corretora Planner, a crise externa ainda não apareceu na maioria dos setores. Martins afirma que o resultado fraco das teles foi conseqüência do aumento de competição.
"O segundo trimestre ainda não refletiu esse cenário de desaceleração internacional. A gente vê os bancos com custo de captação maior e rentabilidade mais baixa, mas não julgo isso relevante. Por enquanto, os resultados vão continuar bons", disse Martins.
"O impacto dos novos riscos de inflação alta e de desaceleração quase não foram sentidos ainda. Os resultados foram todos bons, com algumas exceções, como o setor de alimentos, que foi afetado pela redução de margens. O setor siderúrgico veio bom pelo vigor do mercado interno. Não sofreu ainda o efeito do aumento da taxa de juros. O mercado está com expectativas negativas é para este semestre", disse Kelly Trentin, da corretora SLW.
Para ela, a Vale foi uma das poucas empresas que já sentiram o impacto da desaceleração mundial no balanço devido à queda no preço do níquel.
Já Álvaro Bandeira, diretor da corretora Ágora, afirma que essa tendência não deve se espalhar neste semestre. "O Brasil continua "blindado". Claro que não é uma ilha, mas vai sentir menos. Não acho que o que aconteceu com o níquel vá se repetir com outras commodities minerais, como o minério de ferro. O mais preocupante são as commodities alimentares, que devem recuar." (TS)


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