DA REPORTAGEM LOCAL

O trabalhador que comprou ações da Petrobras em 2000 com dinheiro do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) não deve vendê-las agora, quando os preços estão em baixa.
A recomendação é de Mario Alberto Avelino, especialista no assunto e presidente do Instituto FGTS Fácil. Para ele, a queda no preço das ações ocorrida nos últimos dias é consequência da ação de especuladores sobre o dólar e também sobre os títulos da estatal. Nesta semana, o problema com a plataforma P-34, que quase chegou a afundar, também contribuiu para a queda dos títulos.
Há um mês, as ações estavam cotadas a R$ 52,90, ou seja, valiam 53,5% mais do que o preço de compra, em julho/agosto de 2000. Agora estão em cerca de R$ 38. Avelino acredita que no prazo de 30 dias essa queda, superior a 28%, será revertida e os títulos voltarão ao preço de há um mês.
As ações caíram tanto nos últimos dias que, pela primeira vez desde agosto de 2000, o rendimento do FGTS (12,26%) supera o ganho obtido pelos títulos (10,33%). "Vender as ações agora é perder dinheiro", diz Avelino.
Ao mesmo tempo em que recomenda aos trabalhadores não vender as ações da Petrobras, Avelino diz que é um bom momento para a venda das da Vale do Rio Doce. Isso porque, no período de abril deste ano até agora, essas ações subiram cerca de 57% sobre o preço de compra.
Mas Avelino faz uma ressalva: só deve vender as ações o trabalhador que já sacou o FGTS após a compra. É que, nesse caso, o dinheiro da venda das ações não volta para o FGTS, mas vai direto para o bolso do trabalhador.


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