São Paulo, terça-feira, 17 de outubro de 2006

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Vaivem das commodities

INTERESSE NA SOJA
Os chineses querem saber quais os rumos da soja na América do Sul. Qual a oferta e a demanda na região, principalmente com as perspectivas de avanço da produção de biodiesel com base nesse produto.

DEPENDENTES
Tendo a América do Sul como importante fornecedor, os chineses querem saber o impacto do biodiesel sobre a demanda de óleo. Para clarear o assunto, as Bolsas Dalian (maior Bolsa de soja da China) e Bursa Malaysia (de óleo de palma da Malásia), convidaram André Pessôa, da Agroconsult.

ARROZ EM ALTA
A dificuldade para encontrar arroz e a retração de alguns produtores provocaram nova valorização nos preços do grão ontem nas cooperativas do Rio Grande do Sul. O agulhinha em casca chegou a ser negociado a R$ 23 por saca em Itaqui (RS). A alta em 30 dias é de 11,6%.

NÃO É BEM ASSIM
O ministro da Agricultura, Luiz Carlos Guedes Pinto, rebateu ontem os argumentos de estrangeiros, de que o Brasil só tem produtos agrícolas baratos porque tem mão-de-obra "forçada" (ou escrava) e avança sobre reservas florestais.

NÃO PROCEDEM
Essas acusações não procedem, diz Guedes Pinto. "Toda vez que alguém ganha, desloca outro." Ou seja, produto barato não tem relação com mão-de-obra escrava e devastação, mas com boa produtividade.

OS DADOS
Guedes Pinto cita dois dados para rebater as reclamações de estrangeiros. Dos 12,3 milhões de trabalhadores "forçados", apenas 4.273 estão no meio rural brasileiro. Mas admite que "não deveria haver nenhum".

FLORESTAS
Há 8.000 anos, quando houve a última mudança significativa do clima, o Brasil tinha 9,8% da floresta original mundial e a Europa, 7,3%. Hoje, o Brasil tem 28,5% e a Europa apenas 0,1%, diz o ministro, citando estudo da Embrapa.

PRODUÇÃO PEQUENA
Guedes Pinto diz que apenas 0,27% do plantio de soja está na área da floresta amazônica e apenas 1,5% da carne exportada vem dessa região.

RITMO BOM
As exportações de carne mantiveram bom ritmo na segunda semana deste mês, segundo dados da Secex. A média diária com as vendas externas subiu para US$ 43 milhões na quinzena, 21% a mais do que no mesmo período de 2005.

LÍDER
As receitas com açúcar cresceram 111% na primeira quinzena em relação às de outubro de 2005. A média diária com as exportações foi de US$ 34 milhões. No mercado externo, o açúcar subiu 5,2%, ontem.


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