São Paulo, domingo, 17 de novembro de 2002

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Fim de taxa vai atingir entidades patronais

DA REPORTAGEM LOCAL

O fim do imposto sindical também vai ter impacto no caixa das entidades patronais. Alguns especialistas chegam a dizer que os sindicatos de empregadores serão até mais afetados do que os de trabalhadores. Levantamento do IBGE mostra que, dos 15.963 sindicatos existentes no país, 4.609 são de empregadores. "Se a empresa não for obrigada a pagar taxa aos sindicatos patronais, eles fecham", afirma Cássio Mesquita de Barros, professor da USP.
A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) sobrevive do contrato de gestão do Sesi e do Senai, que equivale a dois terços da receita da federação. Fernando Lottenberg, consultor jurídico da Fiesp, informa que a contribuição sindical corresponde a 15% da receita da entidade. Em 2001, a arrecadação total da Fiesp foi de R$ 38 milhões.
No setor agrícola, a contribuição é paga de forma anual e equivale a R$ 0,80 por hectare. Do total arrecadado, 5% vai para a Confederação Nacional da Agricultura, cuja receita é de R$ 2 milhões por ano. "O sistema sindical no Brasil é bom. Só é preciso acabar com os "fantasmas". Mas não é preciso matar o boi para acabar com o parasita", diz Antônio Ernesto de Salvo, presidente da CNA. (CR e FF)


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