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São Paulo, segunda-feira, 17 de novembro de 2003

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BOLSA

Dia será de homenagem ao Brasil

PT abre hoje pregão na "ex-inimiga" Wall Street

DO ENVIADO ESPECIAL A MIAMI

O PT bate o martelo hoje em Wall Street, a ruazinha de Nova York que se tornou uma espécie de símbolo do capitalismo por abrigar a principal Bolsa de Valores americana -e do mundo.
Será a tradicional cerimônia de abertura do pregão, mas com a característica de se tratar do "Brazilian Day", um dia dedicado à apresentação de 21 companhias brasileiras aos investidores americanos (e do resto do mundo que fazem negócios em Wall Street). Entre elas estatais presididas por figuras históricas do PT, como José Eduardo Dutra (Petrobras) e Luiz Pinguelli Rosa (Eletrobras).
Dos seus 23 anos de história, o PT passou 22 achando que Wall Street era o demônio. Só nestes últimos 12 meses, desde a vitória eleitoral de 2002, é que o partido convive sem sustos com símbolos e realidades do capitalismo.
Já há 36 companhias brasileiras listadas na Bolsa de Nova York, o que tira o caráter de ineditismo à apresentação de hoje. Mas o ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), organizador do "Brazilian Day", acha que o importante é pôr o pé na estrada e tratar de vender o Brasil todos os dias em todos pontos do planeta.
Além das estatais, ícones do capitalismo brasileiro participarão da festa em Nova York, como, entre outros, o Pão de Açúcar, o Bradesco, a Sadia e a Usiminas.

Manaus
Amanhã, Furlan desembarca em Miami para participar da reunião ministerial da Alca, mas, antes, inaugura um entreposto da Zona Franca de Manaus no vizinho condado de Hollywood.
No entreposto ficarão armazenadas mercadorias tanto destinadas ao Brasil como enviadas do Brasil para os Estados Unidos.
A Zona Franca de Manaus tem uma relação histórica com Miami, que, de resto, é o principal porto de entrada e de saída de mercadorias com destino à América Latina. No ano passado, cerca de US$ 25 bilhões de exportações passaram pela cidade, dos quais US$ 3 bilhões tomaram o destino do Brasil.
Furlan vê duas vantagens no entreposto a ser inaugurado: primeiro, permite deixar o produto disponível perto do cliente norte-americano. Segundo, facilita a logística, porque os comerciantes podem consolidar cargas que chegam de diferentes pontos mas vão para um mesmo destino.
(CLÓVIS ROSSI)


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