|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Executivo nega ter dinheiro ilegal no exterior
DA REPORTAGEM LOCAL
Antonio Ruiz Filho, advogado de José Roberto Pernomian Rodrigues, diz que seu
cliente não tem recursos ilegais fora do Brasil. Os US$ 50
milhões citados no documento apreendido na casa de
Rodrigues é o valor de venda
que os executivos estimavam
para a Mude, de acordo com
o advogado.
"O meu cliente estava elaborando uma proposta para
redesenhar a Mude. O documento apreendido mostra isso", afirma Ruiz Filho.
O texto que cita Carlos
Carnevali como integrante
do conselho de administração da Mude é um plano para
o futuro, não o retrato de
uma situação existente, segundo o advogado.
"Como o Carnevali estava
se desligando da Cisco, o plano era colocá-lo no conselho
da Mude para aumentar o valor da empresa quando ela
fosse vendida. O Carnevali é
um executivo com muito
prestígio nessa área", sustenta Rui Filho.
Carnevali não foi localizado na última sexta-feira pelo
seu assessor de imprensa.
Em depoimento à Justiça, o
executivo disse que não faz
parte do conselho da Mude.
Segundo ele, o documento
apreendido esboçava um
plano para o futuro, quando
ele já estivesse fora da Cisco.
Carnevali também contou
à Justiça que nunca recebeu
participação nas vendas da
Mude e que a interpretação
da Polícia Federal de que a
sigla CC refere-se a seu nome
está equivocada.
Para ele, CC são as iniciais
de conta corrente, não de
Carlos Carnevali. A sigla CC
aparece ao lado de supostos
valores recebidos pelos sócios da Mude, em um documento apreendido pela PF
na casa de José Roberto Pernomiam Rodrigues.
Carnevali negou, por meio
de nota, que tenha rompido o
código de conduta da Cisco.
O executivo diz que tudo o
que fazia era acompanhado e
aprovado pela Cisco dos Estados Unidos.
Executivos ouvidos pela
Folha confirmaram a versão
de Carnevali de que a matriz
sabia de tudo o que ocorria
no Brasil.
Texto Anterior: Ex-chefe da Cisco pode ser sócio da Mude Próximo Texto: Brasil contesta subsídios dos EUA na OMC Índice
|