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Natal em São Paulo cria 40 mil postos de trabalho
Para responder ao crescimento das vendas, lojistas ainda oferecem vagas
Estimativas do Sindicato dos Empregados no Comércio de São Paulo indicam que 30% dos funcionários serão efetivados no próximo ano
JULIO WIZIACK
DA REPORTAGEM LOCAL
Ainda falta uma semana para
o Natal, mas os comerciários de
São Paulo já bateram um recorde. Entre o início de setembro e
a primeira quinzena de dezembro, 40 mil funcionários foram
contratados, número 42,9% superior ao registrado no mesmo
período do ano passado.
"Ainda existem anúncios de
empregos para os shoppings da
cidade", afirma Ricardo Patah,
presidente do Sindicato dos
Empregados no Comércio de
São Paulo. "As vendas estão
num ritmo tão forte que muitos
deverão continuar trabalhando
no próximo ano."
Segundo Patah, esse total representa cerca de 10% de todos
os comerciários de São Paulo, e
estima-se que 30% desses trabalhadores temporários serão
efetivados em 2008. Em média,
eles têm mais de 25 anos de idade, e 60% são mulheres.
Vendas em alta
Ainda não há dados consolidados sobre as vendas do comércio nacional até o momento. Apenas os shopping centers
devem faturar R$ 70 bilhões no
período do Natal, total 12%
maior que o do ano passado.
É o que afirma Nabil Sayhoun, presidente da Alshop
(Associação de Lojistas de
Shopping Centers). Segundo
ele, a Grande São Paulo responderá por 18% das vendas.
"Acreditamos que esse será o
melhor Natal dos últimos seis
anos", diz.
Dados do Provar (Programa
de Varejo da USP) mostram
que, no Natal, as vendas costumam crescer 220%. Seria como
vender em um mês o equivalente a um trimestre sem datas
comemorativas.
Mas as previsões indicam
que o Natal deste ano terá números ainda maiores. Isso porque a renda do brasileiro aumentou e há maior oferta de
crédito na praça.
Para Patah, a facilidade de
pagamento é o grande motor
das vendas de fim de ano. "O
crédito virou moeda", afirma.
"E dinamizou o comércio."
Segundo ele, o crédito farto já
é realidade tanto entre os lojistas -que tomam recursos em
financeiras para parcelar suas
vendas pelo sistema de crediário- quanto entre os consumidores, que dispõem de cartões
de crédito. "Muitas redes chegam a fidelizar os clientes com
cartões próprios."
"As possibilidades de pagamento são mais numerosas que
nos anos anteriores e isso está
incentivando o consumo", afirma Sayhoun, da Alshop. "Boa
parte dos cartões está parcelando as compras em até dez vezes
sem juros."
Esse ritmo também se repete
nas vendas pela internet. Cálculos da consultoria e-Bit, que
monitora o varejo eletrônico,
apontam para um faturamento
de R$ 1 bilhão apenas entre a
primeira quinzena de novembro e a véspera do Natal. Esse
montante é 45,5% maior que o
do mesmo período de 2006.
"Também na internet teremos
o melhor Natal dos últimos
anos", afirma Pedro Guasti, diretor-geral do e-Bit.
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