São Paulo, quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

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Para CNI, país precisa de marco flexível

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A CNI (Confederação Nacional da Indústria) propôs ao presidente Lula a adoção de mecanismos para flexibilizar as relações trabalhistas no país visando amenizar os impactos da crise.
O ponto mais polêmico prevê a suspensão do contrato de trabalho por até dez meses, período em que o funcionário receberia seguro-desemprego, mas manteria o vínculo empregatício. Também está sobre a mesa uma proposta de reduzir a jornada de trabalho e conseqüentemente o valor do salário.
Outra idéia da indústria é usar a participação em lucros e resultados como complementação dos vencimentos e um novo marco legal que seja adaptado à terceirização. Segundo o presidente da CNI, deputado Armando Monteiro Neto (PTB-PE), Lula ouviu as idéias, mas não emitiu opinião. "O Brasil precisa construir um marco diferente, mais flexível", disse Neto.

Volkswagen
Por conta da queda nas vendas, a Volkswagen também quer maior flexibilização do trabalho nas suas fábricas, o que inclui, além do banco de horas e das férias coletivas, redução da jornada e corte na participação nos lucros.
"Precisamos agora buscar a maior flexibilidade possível", afirmou ontem o presidente da Volks no Brasil, Thomas Schmall.
A Volks pretende procurar os sindicatos no início de 2009 para renegociar com os trabalhadores.
"As montadoras tiveram recordes de vendas nesses anos. Agora, a crise nem se instalou e já querem precarizar as condições de vida do trabalhador", disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Sérgio Nobre.
(IURI DANTAS e PAULO DE ARAUJO)


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