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Para CNI, país precisa de marco flexível
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A CNI (Confederação
Nacional da Indústria)
propôs ao presidente Lula
a adoção de mecanismos
para flexibilizar as relações trabalhistas no país
visando amenizar os impactos da crise.
O ponto mais polêmico
prevê a suspensão do contrato de trabalho por até
dez meses, período em que
o funcionário receberia
seguro-desemprego, mas
manteria o vínculo empregatício. Também está sobre a mesa uma proposta
de reduzir a jornada de
trabalho e conseqüentemente o valor do salário.
Outra idéia da indústria
é usar a participação em
lucros e resultados como
complementação dos vencimentos e um novo marco legal que seja adaptado
à terceirização. Segundo o
presidente da CNI, deputado Armando Monteiro
Neto (PTB-PE), Lula ouviu as idéias, mas não emitiu opinião. "O Brasil precisa construir um marco
diferente, mais flexível",
disse Neto.
Volkswagen
Por conta da queda nas
vendas, a Volkswagen
também quer maior flexibilização do trabalho nas
suas fábricas, o que inclui,
além do banco de horas e
das férias coletivas, redução da jornada e corte na
participação nos lucros.
"Precisamos agora buscar a maior flexibilidade
possível", afirmou ontem
o presidente da Volks no
Brasil, Thomas Schmall.
A Volks pretende procurar os sindicatos no início
de 2009 para renegociar
com os trabalhadores.
"As montadoras tiveram
recordes de vendas nesses
anos. Agora, a crise nem se
instalou e já querem precarizar as condições de vida do trabalhador", disse o
presidente do Sindicato
dos Metalúrgicos do ABC,
Sérgio Nobre.
(IURI DANTAS e PAULO DE ARAUJO)
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