São Paulo, quinta-feira, 18 de janeiro de 2007

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Tarso promete "fortes medidas jurídicas" no PAC

PEDRO DIAS LEITE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Depois de meses de expectativa em torno do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que o conjunto de medidas que será anunciado na segunda-feira é "substancioso e muito realista".
Já o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, também engrossou o coro de que o pacote não será apenas marketing, mas um conjunto de medidas com reverberação direta na economia. "Vocês vão ter uma informação precisa sobre tudo, uma informação técnica muito bem apurada. Vocês vão ver que o PAC não é uma mera declaração de intenções."
Segundo ele, haverá mudanças em leis. "Serão fortes medidas jurídicas de destravamento do funcionamento do Estado."
As declarações são parte de uma estratégia do governo de apresentar o PAC como o grande acontecimento do início do segundo mandato. Depois de o presidente ter lançado a expressão da moda de que é necessário "destravar" a economia do país, o plano é mostrado como a solução do problema.
"Não estamos trabalhando com resultados de consultorias apenas, estamos trabalhando com projetos exeqüíveis, que têm data para começar e data para terminar", disse Lula, no Planalto, após encontro com cerca de 130 prefeitos da base.
Ele bateu o martelo sobre o plano anteontem, após duas reuniões, uma que tomou a manhã toda e outra que começou à tarde e se estendeu até a noite. No domingo, deve haver um encontro final, apenas para discutir detalhes do PAC e da apresentação, na segunda.
Na reunião com os prefeitos, Lula disse que o saneamento e a habitação, duas áreas com implicação direta na vida dos municípios, terão fortes investimentos. "Vocês vão ter uma bela surpresa. Não é um programa para 2007, é de quatro anos. A gente quer cumprir, letra por letra, o que disser aqui a partir da segunda-feira, porque é um programa de grande envergadura", discursou o petista.
Lula ainda deu uma espécie de justificativa para o lançamento do pacote neste momento, depois do crescimento abaixo de 3% ao ano, do primeiro mandato. "Só pudemos fazer agora, porque só agora nós criamos as condições, a sustentabilidade, a credibilidade e a robustez na macroeconomia que precisávamos para que déssemos o segundo passo. E vamos dar um segundo passo conscientes de que ele irá permitir que quem venha depois possa dar um terceiro passo."


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