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Tarso promete "fortes medidas jurídicas" no PAC
PEDRO DIAS LEITE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Depois de meses de expectativa em torno do PAC (Plano de
Aceleração do Crescimento), o
presidente Luiz Inácio Lula da
Silva disse ontem que o conjunto de medidas que será anunciado na segunda-feira é "substancioso e muito realista".
Já o ministro das Relações
Institucionais, Tarso Genro,
também engrossou o coro de
que o pacote não será apenas
marketing, mas um conjunto
de medidas com reverberação
direta na economia. "Vocês vão
ter uma informação precisa sobre tudo, uma informação técnica muito bem apurada. Vocês
vão ver que o PAC não é uma
mera declaração de intenções."
Segundo ele, haverá mudanças em leis. "Serão fortes medidas jurídicas de destravamento
do funcionamento do Estado."
As declarações são parte de
uma estratégia do governo de
apresentar o PAC como o grande acontecimento do início do
segundo mandato. Depois de o
presidente ter lançado a expressão da moda de que é necessário "destravar" a economia do país, o plano é mostrado
como a solução do problema.
"Não estamos trabalhando
com resultados de consultorias
apenas, estamos trabalhando
com projetos exeqüíveis, que
têm data para começar e data
para terminar", disse Lula, no
Planalto, após encontro com
cerca de 130 prefeitos da base.
Ele bateu o martelo sobre o
plano anteontem, após duas
reuniões, uma que tomou a manhã toda e outra que começou à
tarde e se estendeu até a noite.
No domingo, deve haver um
encontro final, apenas para discutir detalhes do PAC e da
apresentação, na segunda.
Na reunião com os prefeitos,
Lula disse que o saneamento e a
habitação, duas áreas com implicação direta na vida dos municípios, terão fortes investimentos. "Vocês vão ter uma bela surpresa. Não é um programa para 2007, é de quatro anos.
A gente quer cumprir, letra por
letra, o que disser aqui a partir
da segunda-feira, porque é um
programa de grande envergadura", discursou o petista.
Lula ainda deu uma espécie
de justificativa para o lançamento do pacote neste momento, depois do crescimento
abaixo de 3% ao ano, do primeiro mandato. "Só pudemos fazer
agora, porque só agora nós criamos as condições, a sustentabilidade, a credibilidade e a robustez na macroeconomia que
precisávamos para que déssemos o segundo passo. E vamos
dar um segundo passo conscientes de que ele irá permitir
que quem venha depois possa
dar um terceiro passo."
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