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Dados do BC e sobre inflação são destaque na semana
Nos EUA, preços ao produtor
e habitação estão na agenda
DA REPORTAGEM LOCAL
A semana começa em ritmo
mais lento, com o feriado do
Dia de Martin Luther King nos
Estados Unidos hoje.
No Brasil, os investidores estarão atentos à apresentação da
pesquisa semanal Focus.
Realizada pelo Banco Central com cerca de cem instituições financeiras, a pesquisa
traz as projeções para tópicos
como inflação, PIB, dólar e juros em 2010 e em 2011. Na semana passada, chamou a atenção o fato de o Focus ter mostrado, pela primeira vez, a projeção de que a taxa básica de juros chegará a 11% no fim deste
ano. A Selic está hoje em 8,75%
ao ano e o mercado prevê que
ela seja elevada até dezembro.
Além dos juros, os investidores estão atentos às expectativas para o IPCA, índice de preços que o governo utiliza para
monitorar a meta de inflação.
Na semana passada, a expectativa para o IPCA no ano ficou
em 4,5%, em consonância com
a meta oficial. Quanto mais
pressionada for a meta de inflação, maiores as perspectivas de
elevação da taxa de juros.
"Em um ambiente de demanda bastante aquecida como o atual, preocupa a reação
dos agentes de mercado e dos
formadores de preços diante da
elevação nos índices de inflação
correntes. Sendo assim, esperamos que as expectativas de
mercado para o IPCA em 2010
e em 2011, que já se encontram
na meta (4,5%), sofram alguma
elevação ao longo das próximas
semanas, aumentando ainda
mais as pressões por uma elevação dos juros nos próximos
meses", avalia Maristella Ansanelli, economista-chefe do banco Fibra.
Para complementar as discussões sobre inflação e juros,
na sexta-feira o IBGE vai apresentar os números do IPCA-15.
A expectativa é que o indicador
aponte alta de 0,45%. Na medição anterior, ficou em 0,38%.
O IPCA-15 é uma espécie de
prévia do IPCA, o índice oficial,
que baliza a meta de inflação.
Dessa forma, é acompanhado
com bastante interesse, por indicar o futuro do principal índice de preços do país.
Dados externos
A agenda fica mais intensa no
exterior na quarta-feira, quando será apresentado nos EUA o
resultado do PPI (índice de
preços ao produtor) de dezembro. A expectativa é que o índice tenha ficado estável.
Ainda na quarta, saem nos
EUA dados referentes a construções de residências, a pedidos de licenças de novas construções e a solicitações de empréstimos hipotecários.
Na quinta-feira, a agenda
americana traz dados de pedidos de seguro-desemprego e
dos indicadores antecedentes
-importante termômetro para
avaliar o ritmo da economia.
Nesse dia, é provável que o
que mais chame a atenção dos
investidores seja a apresentação dos dados de atividade e inflação na China, referentes ao
mês de dezembro.
Cada vez mais os dados econômicos da China têm tido influência no mercado financeiro
internacional, devido ao peso
crescente do gigante asiático
no comércio mundial.
Se a China vai bem, o comércio internacional mantém-se
mais aquecido.
A continuidade da divulgação dos balanços de 2009 das
companhias norte-americanas
promete também ser destaque
nos próximos dias. Na semana
passada, a empresa do setor de
alumínio Alcoa abriu a safra de
balanços e decepcionou o mercado com números fracos.
"O foco das atenções continuará sobre os balanços norte-americanos, que prometem esquentar nos próximos dias. A
agenda macroeconômica é fraca na semana que entra", afirma José Góes, economista da
Wintrade.
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