São Paulo, segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

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Dados do BC e sobre inflação são destaque na semana

Nos EUA, preços ao produtor e habitação estão na agenda

DA REPORTAGEM LOCAL

A semana começa em ritmo mais lento, com o feriado do Dia de Martin Luther King nos Estados Unidos hoje.
No Brasil, os investidores estarão atentos à apresentação da pesquisa semanal Focus.
Realizada pelo Banco Central com cerca de cem instituições financeiras, a pesquisa traz as projeções para tópicos como inflação, PIB, dólar e juros em 2010 e em 2011. Na semana passada, chamou a atenção o fato de o Focus ter mostrado, pela primeira vez, a projeção de que a taxa básica de juros chegará a 11% no fim deste ano. A Selic está hoje em 8,75% ao ano e o mercado prevê que ela seja elevada até dezembro.
Além dos juros, os investidores estão atentos às expectativas para o IPCA, índice de preços que o governo utiliza para monitorar a meta de inflação.
Na semana passada, a expectativa para o IPCA no ano ficou em 4,5%, em consonância com a meta oficial. Quanto mais pressionada for a meta de inflação, maiores as perspectivas de elevação da taxa de juros.
"Em um ambiente de demanda bastante aquecida como o atual, preocupa a reação dos agentes de mercado e dos formadores de preços diante da elevação nos índices de inflação correntes. Sendo assim, esperamos que as expectativas de mercado para o IPCA em 2010 e em 2011, que já se encontram na meta (4,5%), sofram alguma elevação ao longo das próximas semanas, aumentando ainda mais as pressões por uma elevação dos juros nos próximos meses", avalia Maristella Ansanelli, economista-chefe do banco Fibra.
Para complementar as discussões sobre inflação e juros, na sexta-feira o IBGE vai apresentar os números do IPCA-15. A expectativa é que o indicador aponte alta de 0,45%. Na medição anterior, ficou em 0,38%.
O IPCA-15 é uma espécie de prévia do IPCA, o índice oficial, que baliza a meta de inflação. Dessa forma, é acompanhado com bastante interesse, por indicar o futuro do principal índice de preços do país.

Dados externos
A agenda fica mais intensa no exterior na quarta-feira, quando será apresentado nos EUA o resultado do PPI (índice de preços ao produtor) de dezembro. A expectativa é que o índice tenha ficado estável.
Ainda na quarta, saem nos EUA dados referentes a construções de residências, a pedidos de licenças de novas construções e a solicitações de empréstimos hipotecários.
Na quinta-feira, a agenda americana traz dados de pedidos de seguro-desemprego e dos indicadores antecedentes -importante termômetro para avaliar o ritmo da economia.
Nesse dia, é provável que o que mais chame a atenção dos investidores seja a apresentação dos dados de atividade e inflação na China, referentes ao mês de dezembro.
Cada vez mais os dados econômicos da China têm tido influência no mercado financeiro internacional, devido ao peso crescente do gigante asiático no comércio mundial.
Se a China vai bem, o comércio internacional mantém-se mais aquecido.
A continuidade da divulgação dos balanços de 2009 das companhias norte-americanas promete também ser destaque nos próximos dias. Na semana passada, a empresa do setor de alumínio Alcoa abriu a safra de balanços e decepcionou o mercado com números fracos.
"O foco das atenções continuará sobre os balanços norte-americanos, que prometem esquentar nos próximos dias. A agenda macroeconômica é fraca na semana que entra", afirma José Góes, economista da Wintrade.


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