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Lessa pede mais capital para o banco
DA SUCURSAL DO RIO
Se não houver aumento de capital do BNDES (Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico
e Social), o banco terá dificuldades para financiar obras de infra-estrutura, consideradas essenciais
para a retomada do crescimento
do país, disse ontem seu presidente, Carlos Lessa.
O problema, segundo ele, é que
grande parte dessas obras de infra-estrutura precisará ser feita
pelo setor público e o BNDES está
limitado pela legislação a emprestar a empresas e a órgãos públicos
o máximo de 45% do seu patrimônio líquido. O último número
disponível do patrimônio do banco, referente ao primeiro semestre de 2003, é de R$ 10,1 bilhões.
Durante vários meses de 2003, a
direção do BNDES travou uma
polêmica com o Tesouro a respeito da necessidade de aumento do
capital do banco, para que ele pudesse expandir seus empréstimos.
O banco estatal pedia aumento
de capital entre R$ 5 bilhões e R$
15 bilhões. O BNDES alegava que,
sem o aumento, não seria possível
aumentar o orçamento de empréstimos de R$ 34 bilhões em
2003 para R$ 47 bilhões neste ano.
Dizia que também não seria
possível fazer novos empréstimos
ao setor público, incluindo R$ 493
milhões para o sistema de transporte urbano de São Paulo.
No final do ano o governo encerrou o assunto fazendo modificações nas regras que estabeleciam limites aos empréstimos do
BNDES, sem aumentar seu capital. A iniciativa permitiu ao banco
definir o orçamento que desejava
e também a liberação do empréstimo para a capital paulista.
Agora, Lessa voltou à carga,
após uma reunião-almoço com líderes sindicais, da qual participou
também o ministro do Trabalho,
Ricardo Berzoini.
Após a reunião, João Pedro de
Moura, da Força Sindical e membro do conselho de administração
do BNDES, disse que, entre os
principais pedidos feitos à direção
do banco, está o aumento dos empréstimos para a infra-estrutura.
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