São Paulo, quarta-feira, 18 de fevereiro de 2004 |
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O VAIVÉM DAS COMMODITIES Lucro agrícola A carteira do agronegócio do Banco do Brasil encerrou 2003 com saldo de R$ 27,2 bilhões, um crescimento de 61,6% em relação a 2002. Acompanhando os bons ventos do momento, o agronegócio foi o que apresentou a maior participação na carteira de crédito do banco, com 35%. Efeito safra O aumento de oferta, devido à chegada da safra, e a redução de procura, devido ao Carnaval, estão derrubando os preços do arroz no Sul, importante região na formação das cotações nacionais. Além disso, alguns produtores aumentam a oferta de produto para fazer caixa. Preços em queda Segundo informações da consultoria Brandalizze, a saca para pagamento em março recuou para R$ 35, preço também registrado pela pesquisa da Folha no Sul. Os dados da Folha mostram que, apesar da queda, as cotações atuais superam em 30% as do ano passado, período que já estava com preços aquecidos. Nas mãos dos EUA Presos à elevada cota de compra de frango dos EUA, os russos não tinham outra coisa a fazer: não vão restringir as importações de frango da Pensilvânia, um dos Estados afetados pela gripe aviária. A decisão sobre Nova Jersey pode sair amanhã. Difícil erradicar Técnicos da FAO disseram ontem, em Roma, que será difícil erradicar totalmente o vírus do frango na Ásia, onde a doença já causou a morte de 20 pessoas e já afetou 80 milhões de aves na região. Camarão barrado O camarão brasileiro e de outros cinco países deverá ser taxado nos EUA. Ontem uma comissão deu o primeiro sinal a favor. Por seis a zero, foi aberto o caminho para o Departamento do Comércio dos EUA impor as barreiras. Tiro no pé Os alemães são vítimas dos subsídios dos próprios europeus. A colocação de trigo dos estoques de intervenção da Unidade Européia no bloco derrubou os preços para os produtores alemães. Os estoques foram colocados devido à quebra de produção, provocada pela seca no continente em 2003. A vez do farelo O aumento das exportações de soja dos EUA, a não confirmação de cancelamento de compras por parte da China, a estiagem nas lavouras da Argentina, o excesso de chuvas no Centro-Oeste brasileiro e a ausência de novos casos de gripe do frango nos EUA só poderiam resultar em uma coisa: explosão nos preços do farelo de soja, que subiu 4%, segundo a AgRural, de Curitiba. Perda pequena A quebra de produção da primeira safra paranaense de feijão deve ficar em apenas 2%, segundo acompanhamento do Deral. A safra, que já está com 95% da área colhida, deve chegar a 494 mil toneladas. Saída brasileira A presença menor do Brasil na compra de trigo argentino neste ano já provocou a redução de 15% nos compromissos externos de exportações do país vizinho. E-mail: mzafalon@folhasp.com.br Texto Anterior: Mercado financeiro: Bolsa se recupera após 3 quedas seguidas Próximo Texto: Telefonia: Negócio cria maior grupo de celular dos EUA Índice |
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