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Gerdau lidera ranking das empresas brasileiras mais internacionalizadas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Terceira maior múlti brasileira em tamanho, a Gerdau está no topo do ranking das empresas mais internacionalizadas calculado pela Fundação
Dom Cabral, instituição especializada em estudar o desempenho e o fenômeno das companhias transnacionais.
Calculado pela média de três
fatores -faturamento, valor
dos ativos e número de empregados-, o ranking lista as 32
empresas brasileiras com
maior presença no exterior. Logo abaixo da Gerdau aparecem
Vale, Sabó (fábrica de autopeças), Marcopolo (fábrica de
ônibus), Odebrecht e Embraer.
Já o ranking das maiores
múltis brasileiras é liderado
por Vale, Petrobras e Gerdau.
Em seguida aparecem Embraer, Votorantim e CSN.
Professor da fundação, Alvaro Cyrino diz que a Gerdau já
tem um faturamento lá fora no
mesmo nível do obtido no Brasil, um dos motivos que a colocam no topo das múltis do país
mais internacionalizadas.
Cyrino destaca ainda a posição da Sabó, terceira no ranking das mais internacionalizadas. "Ela não teve opção, foi
uma questão de sobrevivência",
diz, ao lembrar que a indústria
automobilística passou a exigir
que seus fornecedores estivessem próximos das montadoras.
Outro exemplo de busca de
novos mercados foi a WEG, sétima nesse ranking. Segundo
Cyrino, ela está no grupo de
empresas que ficam grandes
demais para o mercado doméstico -a fábrica de motores detém mais de 70% do seu setor.
Em termos gerais, o economista José Roberto Mendonça
de Barros aponta pelo menos
quatro razões para o fenômeno
da internacionalização das empresas brasileiras.
1) Empresas que crescem acima do limite do mercado doméstico e buscam novos mercados, primeiro exportando,
depois importando componentes e, por último, instalando
unidades lá fora;
2) Driblar as barreiras protecionistas impostas aos brasileiros, casos de Gerdau e Cutrale;
3) Busca de capital barato faz
com que empresas busquem
fincar presença em outros países, diversificando sua área de
atuação. Com isso, ganham o título de "investment grade" e
melhores condições de crédito.
Exemplo clássico: Vale.
4) Câmbio barato e infra-estrutura precária levaram muitos empresários a instalar unidades no exterior para fugir
dessa perda de competitividade. É o caso da indústria calçadista.
(VC)
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