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Inflação ao consumidor nos EUA deve afetar mercado
Ata da última reunião do Fed também sairá nesta semana
DA REPORTAGEM LOCAL
Importantes dados da economia norte-americana serão divulgados nesta semana, o que
tende a fazer com que os próximos dias sejam agitados no
mercado financeiro global.
Como o desempenho da economia norte-americana está no
centro das preocupações, cada
dado apresentado no país tem
influenciado o humor dos investidores.
O dia de agenda mais pesada
na semana é a quarta-feira.
Neste dia, haverá a divulgação
do CPI (índice de preços ao
consumidor norte-americano)
de janeiro.
A expectativa é que o CPI fique em torno de 0,3%. Qualquer taxa muito acima disso irá
mexer com os mercados. Isso
porque um cenário de risco de
pressão inflacionária limita o
poder de atuação do Fed (o
banco central dos EUA) no que
diz respeito a futuros cortes
nos juros americanos.
A expectativa do mercado é
que os juros voltem a ser reduzidos nos EUA, encerrando o
semestre em 2,5% anuais. Neste ano, os juros já foram cortados de 4,25% para 3%.
Na semana passada, o presidente do Fed, Ben Bernanke,
afirmou em discurso no Senado
que os juros podem voltar a cair
se assim for necessário para estimular a maior economia do
mundo.
Outro fato relevante será a
divulgação da ata do último encontro do Fomc (comitê do
banco central dos EUA, que define os juros do país). Esse documento é muito aguardado
por trazer explicações sobre as
decisões dos dirigentes do Fed,
além de sinalizar o futuro da
política monetária.
"Na quarta-feira, dois importantes dados serão divulgados,
destacando-se o CPI e depois a
ata do Fomc. Tendo em vista
este cenário de novas divulgações, devemos esperar certa
continuidade da volatilidade",
avalia a corretora Coinvalores.
O grande temor do mercado
é que os EUA entrem em um
período de recessão. A confirmação de um cenário desse faria com que as empresas tivessem seus resultados afetados,
devido à queda no consumo e
no poder aquisitivo das pessoas. Antes que isso se concretize, os investidores acabam
vendendo ações, tentando se
antecipar a dias piores.
Na quinta-feira, os EUA trarão mais alguns dados importantes para se avaliar como anda a economia, que são os indicadores antecedentes de janeiro e o volume de pedidos de seguro-desemprego nas duas primeiras semanas de fevereiro.
"Muito se tem falado dos mecanismos de transmissão da
crise financeira nos EUA para
os ativos reais daquele país,
que, consequentemente, afetam a economia global", afirma
Pedro Paulo Silveira, economista da Gradual Corretora.
A Bovespa tem seguido as oscilações do mercado mundial.
O rumo tomado pelas Bolsas de
Valores americanas e européias acaba tendo muito peso
no mercado local.
Porém, se a Bovespa não tem
conseguido se isolar da cena internacional, o balanço do ano
mostra que o mercado doméstico tem tido melhor sorte que
o externo.
No acumulado do ano, o índice Ibovespa, o principal da Bolsa paulista, registra uma baixa
de 4,09%.
Nos EUA, o índice Dow Jones, das 30 ações norte-americanas mais negociadas, têm
perdas de 6,91%. O resultado da
Bolsa eletrônica Nasdaq, dos
papéis de empresas de alta tecnologia, é ainda pior: baixa de
12,46% em 2008.
Na Europa,um dos destaques
de queda é a Bolsa de Londres,
com recuo anual de 10,23%.
E o índice Nikkei, de Tóquio,
o mais relevante da Ásia, acumula depreciação de 11,01%
neste ano.
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