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Operários de obras do PAC vão a passeata por promessa de R$ 10
DA SUCURSAL DO RIO
Calouros em protestos políticos, a maioria dos operários do
PAC no Complexo do Alemão
embarcou nos ônibus de olho
nos R$ 10 prometidos pelas
empreiteiras e sem saber ao
certo o que aconteceria.
""A única coisa que sei é que
os políticos vão gritar sobre o
petróleo. Na verdade, vou entrar neste ônibus somente pelo
dinheiro e pelo meu emprego",
disse o ajudante Milton Silva,
32, arrancando gargalhadas dos
companheiros de obras.
Um ajudante de obra ganha
cerca de R$ 700 mensais.
Quase todos os canteiros do
PAC do Alemão interromperam o trabalho depois das 12h
para que os operários seguissem para o ato.
Já os operários do PAC de
Manguinhos eram obrigados a
responder a chamada em plena
avenida Presidente Vargas. Ao
ter o nome chamado, o operário apresentava seu crachá e assinava uma ficha. Recebia então um sanduíche e um suco.
Um dos responsáveis pela
chamada, que não quis se identificar, afirmou que estava "verificando quem veio". Ele afirmou que não haveria punição a
quem não estivesse no local.
O Consórcio Rio Melhor não
informou, até a conclusão desta
edição, o motivo da diária ou o
número de ônibus mobilizados.
Responsável pela liberação
das verbas para as duas obras, o
Ministério das Cidades não
quis se manifestar.
(SÉRGIO RANGEL e ITALO NOGUEIRA)
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