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ANO DO DRAGÃO
Aumento vai valer para período de maio de 2003 a abril de 2004
Governo autoriza reajuste de 9,27% para planos de saúde
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo autorizou ontem aumento de até 9,27% para os planos de saúde individuais e familiares. A ANS (Agência Nacional
de Saúde Suplementar) informou
que o reajuste valerá para o período de maio de 2003 a abril de
2004. O Ministério da Fazenda já
aprovou o aumento.
"Nenhuma operadora de planos de saúde será autorizada a
reajustar as mensalidades de seus
consumidores de planos individuais acima de 9,27% a partir de
maio e até abril de 2004, nas renovações automáticas dos contratos", informou ontem o diretor-presidente da ANS, Januario
Montone, por meio de nota divulgada pela assessoria de imprensa
da agência.
Segundo a Folha apurou, as
2.351 operadoras de planos de
saúde pediam reajustes de até
20%. A inflação medida pelo IPCA do, Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística, nos 12 meses completados em março foi de
16,57%.
Fixação
A ANS fixa, no final do mês de
maio, um reajuste máximo que as
empresas de planos de saúde podem cobrar nos 12 meses seguintes.
Segundo a ANS, o índice de
9,27% é a média ponderada dos
reajustes de 145 mil contratos coletivos de plano de saúde, que reúnem 10,8 milhões de usuários. A
agência tem adotado esse método
nos últimos anos para conceder
os reajustes.
De acordo com a assessoria da
agência, embora no setor de planos de saúde a renovação dos
contratos seja anual e automática,
a aplicação de índice de reajuste
nas mensalidades dos planos depende de autorização da ANS.
Cada operadora de plano de
saúde tem de solicitar autorização
à agência. Só após a autorização, a
operadora pode aplicar o reajuste,
apenas na data de aniversário da
renovação anual e automática dos
contratos destes planos.
Fenaseg
O diretor de Saúde da Fenaseg
(entidade que reúne as seguradoras de saúde), João Alceu Amoroso Lima, disse que o "sentimento
no setor é de frustração", pois o
reajuste foi bem menor do que as
empresas queriam.
Ele afirmou que os consumidores podem ser prejudicados. Segundo Lima, o reajuste fixado pela ANS não cobre o aumento de
custo que as empresas tiveram em
2002. Por isso, ressalta, pode haver quebra de seguradoras menores e queda na qualidade dos serviços.
Esse percentual é uma sinalização de que eles [o governo] não
estão preocupados com a saúde
financeiro do setor", disse. Segundo ele, a média de reajuste desejado pelas seguradoras era de 15% a
20%.
"Achamos que é incoerente essa
política de controle, de opressão
de preços praticada pelo governo", afirmou. Ele questionou
também o cálculo feito pela agência para chegar aos 9,27% de reajuste.
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