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São Paulo, sexta-feira, 18 de abril de 2003

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Conta de luz sobe até 31,29% para 8,261 milhões de consumidores

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) autorizou ontem reajustes médios entre 16,14% e 31,29% na conta de luz de seis distribuidoras de energia. O aumento vai afetar 8,261 milhões de consumidores em cinco Estados.
Como o governo está reduzindo parte do subsídio concedido para os consumidores industriais, os reajustes para empresas são maiores que aqueles aplicados aos consumidores residenciais. O processo de redução do subsídio deve terminar em 2007.
Os primeiros reajustes serão aplicados a partir de amanhã para os clientes de duas distribuidoras que atuam no Rio Grande do Sul: AES Sul, com aumentos entre 14,46%, para consumidores residenciais, e 21,73%, para empresas, e RGE, entre 25,49% e 30,15%.
Nas demais empresas, o aumento entra em vigor no próximo dia 22. Para os clientes da Coelce, que presta serviços no Ceará, o reajuste vai variar de 30,62%, para as residências, a 36,76%, para grandes consumidores, basicamente indústrias.
Para os clientes da Cosern, que atua no Rio Grande do Norte, esses reajustes variam de 10,38% (residência) a 13,98% (empresas). São os menores reajustes autorizados pela Aneel.
A Coelba e a Energipe tiveram seus reajustes parcelados. No caso da distribuidora que atua na Bahia, o aumento médio foi de 28,61%, mas ela teria direito, com base no contrato, a 31,49%. A Energipe teria direito a um reajuste de 35,47%, mas recebeu 29,71%. Nos dois casos, a diferença será parcelada nos próximos anos.
De acordo com a informação da Aneel, o reajuste da Coelba vai de 28,11% (consumidores residenciais) até 32,01% (empresas). Já os clientes da Energipe terão aumento variando de 28,30% (residências) até 30,96% (indústria).
Esses reajustes não levam em conta o aumento de custo que as distribuidoras tiveram com a variação cambial nos últimos 12 meses, já que parte da energia é comprada em dólar. Por determinação do Ministério de Minas e Energia, esse custo será repassado para os consumidores somente a partir de 2004.
Os aumentos divulgados ontem fazem parte do processo de revisão das tarifas de energia, que acontece a cada quatro anos. Embora tenham ficado acima dos índices propostos pela Aneel para consulta pública, os reajustes são inferiores ao que as empresas teriam direito pelos contratos. Isso aconteceu porque o governo segurou parte do aumento para tentar reduzir a pressão sobre os índices que medem a inflação.


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