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Conta de luz sobe até 31,29% para
8,261 milhões de consumidores
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Aneel (Agência Nacional de
Energia Elétrica) autorizou ontem reajustes médios entre
16,14% e 31,29% na conta de luz
de seis distribuidoras de energia.
O aumento vai afetar 8,261 milhões de consumidores em cinco
Estados.
Como o governo está reduzindo
parte do subsídio concedido para
os consumidores industriais, os
reajustes para empresas são
maiores que aqueles aplicados
aos consumidores residenciais. O
processo de redução do subsídio
deve terminar em 2007.
Os primeiros reajustes serão
aplicados a partir de amanhã para
os clientes de duas distribuidoras
que atuam no Rio Grande do Sul:
AES Sul, com aumentos entre
14,46%, para consumidores residenciais, e 21,73%, para empresas,
e RGE, entre 25,49% e 30,15%.
Nas demais empresas, o aumento entra em vigor no próximo
dia 22. Para os clientes da Coelce,
que presta serviços no Ceará, o
reajuste vai variar de 30,62%, para
as residências, a 36,76%, para
grandes consumidores, basicamente indústrias.
Para os clientes da Cosern, que
atua no Rio Grande do Norte, esses reajustes variam de 10,38%
(residência) a 13,98% (empresas).
São os menores reajustes autorizados pela Aneel.
A Coelba e a Energipe tiveram
seus reajustes parcelados. No caso
da distribuidora que atua na Bahia, o aumento médio foi de
28,61%, mas ela teria direito, com
base no contrato, a 31,49%. A
Energipe teria direito a um reajuste de 35,47%, mas recebeu
29,71%. Nos dois casos, a diferença será parcelada nos próximos
anos.
De acordo com a informação da
Aneel, o reajuste da Coelba vai de
28,11% (consumidores residenciais) até 32,01% (empresas). Já os
clientes da Energipe terão aumento variando de 28,30% (residências) até 30,96% (indústria).
Esses reajustes não levam em
conta o aumento de custo que as
distribuidoras tiveram com a variação cambial nos últimos 12 meses, já que parte da energia é comprada em dólar. Por determinação do Ministério de Minas e
Energia, esse custo será repassado
para os consumidores somente a
partir de 2004.
Os aumentos divulgados ontem
fazem parte do processo de revisão das tarifas de energia, que
acontece a cada quatro anos. Embora tenham ficado acima dos índices propostos pela Aneel para
consulta pública, os reajustes são
inferiores ao que as empresas teriam direito pelos contratos. Isso
aconteceu porque o governo segurou parte do aumento para tentar reduzir a pressão sobre os índices que medem a inflação.
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