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PRODUÇÃO
Em março, setor registrou queda pelo quarto mês seguido; petróleo faz Rio ser exceção, com aumento de 6,3%
Indústria de SP produz menos 8%, diz IBGE
DA SUCURSAL DO RIO
A produção das indústrias paulistas despencou 8% em março
em relação ao mesmo mês do ano
passado. É a quarta queda mensal
consecutiva, segundo levantamento regional da produção industrial divulgado ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O desempenho paulista foi prejudicado principalmente pelas
quedas nos setores de materiais
elétricos e de comunicações
(29,4%), material de transportes
(16,2%) e metalurgia (8,2%), que
têm peso relevante na atividade
industrial paulista. A indústria
química, no entanto, produziu
mais 7,2% em março.
"A indústria de materiais elétricos foi afetada pela redução das
vendas de microcomputadores,
enquanto a de material de transportes foi prejudicada pela queda
nas vendas da indústria automobilística", disse a economista Denise Cordovil, do Departamento
de Indústria do IBGE.
A indústria do Rio de Janeiro foi
a única que se salvou da queda generalizada registrada pelo setor
no país em março. Graças à atividade petrolífera, a produção industrial do Estado apresentou aumento de 6,3% em março em relação ao mesmo mês de 2001.
A atividade industrial fluminense também foi favorecida pelo
desempenho do setor farmacêutico, que apresentou crescimento
de 50,2% em março. O peso maior
do setor extrativo mineral, cuja
atividade registrou alta de 18,5%,
contribuiu para contrabalançar a
queda acentuada, de 7%, da indústria de transformação do Rio.
No resultado acumulado dos últimos 12 meses, a indústria do Rio
registra alta de 0,1%. No acumulado dos três primeiros meses do
ano a alta é de 4,2%.
Segundo a pesquisa do IBGE, na
média nacional a indústria apresentou queda de 3,8% em março.
Entre os 12 Estados e regiões pesquisados pelo instituto, 11 registraram produção menor.
Os destaques ficaram principalmente por conta das quedas de
Pernambuco e do Ceará, cujas fábricas apresentaram redução de
14,6% e 8,4%, respectivamente.
O IBGE atribui a queda das indústrias regionais à desaceleração
da economia nos últimos meses.
A economista classifica como
principal razão para a retração
deste ano a base de cálculo elevada de 2001.
"O resultado dos três primeiros
meses do ano passado ainda estava influenciado pela alta de 6,5%
da atividade industrial no último
trimestre de 2000. Com isso, a
comparação com março deste
ano acabou sendo prejudicada
por uma base de comparação
muito alta", disse ela.
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