São Paulo, sábado, 18 de maio de 2002 |
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O VAIVÉM DAS COMMODITIES Mais soja em 2003 A soja continuará sendo uma boa opção no próximo ano, acreditam os agricultores. O cultivo da oleaginosa deverá avançar ainda mais no Centro-Oeste, segundo Fernando Muraro, analista da Agência Rural. Ele diz que pelo interesse mostrado atualmente pelos produtores a área plantada nos Estados de Goiás e de Mato Grosso deverá crescer pelo menos 5%. "Farm bill" e o algodão Enquanto no Brasil se esperam dias ruins pela frente para os cotonicultores, nos Estados Unidos as perspectivas são de euforia com o desempenho do produto nos próximos anos. O principal termômetro desses dois cenários é a nova política de subsídios do governo norte-americano para a agricultura. Quanto cresce A nova política agrícola veio um pouco tarde e não terá efeitos sobre a cultura do algodão neste ano, segundo análises de algumas empresas. A partir da próxima safra, no entanto, a área deverá voltar para os 16 milhões de acres, 18% mais do que na safra deste ano. Pinta preta Entre as principais causas do insucesso no combate à pinta preta das frutas cítricas estão os fatores climáticos, utilização de defensivos inadequados, ataques de doenças e pragas e manejo do pomar, segundo o engenheiro agrônomo Cláudio Rubin, que debaterá o assunto na Semana da Citricultura, em junho. Novas fronteiras O avanço da agricultura na região de Luiz Eduardo Magalhães (BA) fez o Inmet, do Ministério da Agricultura, instalar uma estação meteorológica na área. A região planta 1 milhão de hectares. Ainda em alta A maioria das usinas do centro-sul brasileiro já está moendo cana da nova safra, mas o preço do açúcar se mantém firme no mercado interno. O Indicador Esalq/ BM&F para o açúcar cristal registra alta de 0,92% no acumulado deste mês até o dia 16. Oferta menor Um dos principais fatores de sustentação dos preços do açúcar é a reduzida oferta do produto da nova safra no mercado interno devido ao atraso da moagem de algumas unidades produtoras e dos compromissos de exportação das usinas. Os compradores são poucos, ainda. Acreditam na queda dos preços com o avanço da safra, segundo o Cepea. Relação de troca Nos últimos três anos, o avicultor gastava o equivalente a 0,20 quilo de frango por quilo de milho. Neste mês, a relação saltou para 0,22, com aumento de 10%, segundo o Cepea. Os preços do milho subiram e os do frango caíram. Também está ruim Os cálculos para a comparação com os suínos também não são favoráveis. A relação de troca do suíno para o milho nos últimos três anos foi de 0,14 quilo de carne por quilo de milho. Está em 0,20 neste mês, com alta de 43%. Enquanto o preço do milho subiu, em média, 12%, o do suíno caiu 15% no Paraná. Preços firmes A soja mantém preços aquecidos em Chicago. Nos últimos 30 dias, a soja em grão subiu 5,2%; o farelo, 3,9%; e o óleo, 3,3%. No mesmo período o milho teve alta de 6,7%. e-mail: mzafalon@folhasp.com.br Texto Anterior: Mercado financeiro: Bovespa acumula alta de 4,6% na semana Próximo Texto: Conjuntura: Só economia fraca não corta juros, diz BC Índice |
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