São Paulo, sexta-feira, 18 de junho de 2004

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Para Furlan, recusa pode ser "oportunismo"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, disse ontem que a recusa de novos carregamentos da soja brasileira por parte dos chineses pode ser uma manobra "oportunista". Furlan fez o comentário, segundo sua assessoria, ao responder a uma pergunta de um dos participantes de um seminário para servidores públicos no Palácio do Planalto.
"Pode estar havendo oportunismo no sentido de recusar novos carregamentos para comprar a preços mais baixos. Mas a China divulgou que vai dar o melhor tratamento aos nossos emissários e teremos reuniões na próxima semana que podem conduzir a uma solução do problema."
Alguns empresários brasileiros têm afirmado que a China está criando uma barreira sanitária aos produtos brasileiros para pagar menos. Os produtores dizem que estão seguindo os parâmetros internacionais na comercialização do produto. Furlan disse ainda que o problema da soja não deverá ser levado à OMC por ser um assunto técnico. "Se não for resolvido tecnicamente, podemos pensar em outra esfera. Mas não faz sentido ir a julgamento uma coisa que nem teve apuração."
Para o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Ivan Ramalho, as possíveis perdas para a balança comercial que resultariam do embargo chinês à soja serão compensadas por produtos como os automotivos.


Colaborou a Folha Online


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