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PREVIDÊNCIA
Aumento de funcionários não consegue atender demanda no 1º dia; superintendente prevê normalidade em 20 dias
Força-tarefa do INSS mostra falhas em SP
DO "AGORA"
O primeiro dia de ação da força-tarefa criada pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social)
para reduzir as filas nos postos
não surtiu o efeito desejado.
Durante a manhã, os aposentados que estavam no posto de Santo Amaro (zona sul) sofreram
com a falta de atendimento após a
triagem -que começou às 6h na
fila, com o reforço de 17 servidores de outras agências. Porém, até
as 8h, só sete funcionários atendiam dentro do posto. Três pessoas desmaiaram.
O superintendente do INSS em
São Paulo, Carlos Eduardo Gabas,
acompanhou a abertura do posto
e afirmou que a força-tarefa deverá continuar nos próximos 20
dias. "É o tempo necessário para
regularizar o atendimento." Há
quase 400 mil benefícios represados com a greve de 44 dias dos
servidores do INSS.
Segundo Gabas, boa parte dos
problemas da fila é solucionada
com informações que o aposentado conseguiria por meio de outros canais, como o Prevfone e a
internet.
Na agência Vila Mariana (zona
sul), a força-tarefa que ajudou na
triagem contou com apenas sete
funcionários, mas o tempo de
atendimento foi menor. Mesmo
assim, o posto acumula 6.271 benefícios ainda em análise.
Ajuda extra
A partir da próxima semana, segundo Gabas, os postos com
maior movimento receberão ajuda de funcionários deslocados de
outros Estados para o processamento de benefícios.
Na capital, os postos de Santo
Amaro e Vila Mariana devem receber 20 funcionários cada um.
No interior, a região de Campinas
também receberá reforço.
Gabas admitiu que houve falha
na programação do atendimento
aos aposentados no primeiro dia
de funcionamento da força-tarefa
em Santo Amaro (zona sul). Ele
afirmou que hoje, além da triagem na fila a partir das 6h, outros
funcionários serão convocados
para o atendimento nos guichês.
"A triagem foi bem feita e acabou sobrecarregando o atendimento dentro do posto", disse.
Ontem à tarde, Gabas fez uma
reunião com os funcionários e a
gerência do posto para definir a
equipe que vai atender mais cedo
a partir de hoje.
Apesar do transtorno, pela falta
de funcionários nos guichês, Gabas considerou positivo o trabalho da força-tarefa. Segundo o
INSS, cerca de 30% das pessoas
receberam atendimento satisfatório na fila. O INSS ainda prepara
uma cartilha e uma parceria com
a prefeitura para que servidores
orientem a população.
Para montar a força-tarefa, o
INSS deve gastar cerca de R$ 10
milhões com o pagamento de horas extras, diárias de hospedagem
e transporte para os funcionários
envolvidos no "mutirão" em São
Paulo e no Rio, segundo anunciou
na terça-feira o ministro da Previdência, Amir Lando.
Também serão pagos prêmios
de produtividade para incentivar
os servidores a aumentar o número de processos analisados. O valor do prêmio não foi divulgado.
Greve em análise
Os transtornos causados pela
greve podem se repetir a partir de
segunda-feira. Os servidores decidem, amanhã, se retomam a paralisação.
Segundo a Fenasp (Federação
Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho,
Previdência e Assistência Social),
a retomada da greve está condicionada ao cumprimento do
acordo firmado com o governo.
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