São Paulo, quarta-feira, 18 de junho de 2008

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Acusação contra Dilma na venda da Varig é "crise artificial", diz Lula

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou ontem de "crise artificial" as denúncias sobre a suposta ingerência do governo na venda da Varig. A afirmação foi feita em reunião de coordenação política do governo - que reúne o presidente e seus principais ministros- e relatada por um dos participantes do encontro.
Apesar dos depoimentos previstos para esta semana no Congresso, o governo diz estar tranqüilo e avalia que as repercussões do caso deverão ficar concentradas mais na briga entre os sócios da VarigLog e o advogado Roberto Teixeira, do que na suposta atuação do governo na venda da companhia aérea.
O governo não acredita que Teixeira, que é amigo de Lula, vá colocar o governo em situação delicada no depoimento desta semana.
Na semana passada, Lula afirmou que a possibilidade de disputar as eleições de 2010 como candidata pelo PT transformou a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) numa "vidraça" para ataques da oposição. O presidente também defendeu a ministra das denúncias feitas por Denise Abreu, ex-diretora da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
Para o presidente, as denúncias sobre o processo de venda da Varig para a VarigLog são mais uma tentativa de atingir Dilma, classificada por ele como "uma pessoa da qualidade que o Brasil poucas vezes produziu igual, uma pessoa que tem demonstrado uma capacidade de gerenciamento como ninguém".
"A impressão que eu tenho é que, como algumas pessoas imaginam que a Dilma pode ser candidata a alguma coisa, ela virou vidraça para todos os ataques que a oposição quer fazer", afirmou Lula na quinta-feira da semana passada.


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