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POLÊMICA
Governo descarta divergência sobre política industrial
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Segundo o secretário Marcos
Lisboa (Política Econômica),
não há nenhuma divergência
no governo quanto à condução
da política industrial.
Questionado se havia diferenças internas de opiniões entre uma corrente "desenvolvimentista" e uma "monetarista", Lisboa respondeu: "É um
falso dilema, em boa parte".
"Desenvolvimentistas" seriam os integrantes do governo
mais ligados aos Ministério do
Desenvolvimento, que defenderiam políticas industriais específicas voltadas para setores
estratégicos.
Os "monetaristas", por sua
vez, prefeririam políticas voltadas para a economia como um
todo, pelas quais nenhum setor
teria vantagens particulares.
Segundo Lisboa, o Brasil precisa de uma mistura de políticas específicas e genéricas. Em
alguns casos, afirma o secretário, é preciso uma ação direta
do governo sobre um setor.
A discussão entre "desenvolvimentistas" e "monetaristas"
no Brasil não é nova. Marcou o
governo FHC. No lado dos monetaristas, estava o ex-ministro
da Fazenda Pedro Malan, que
venceu a batalha contra desenvolvimentistas como o ex-ministro das Comunicações Luiz
Carlos Mendonça de Barros e o
ex-ministro do Desenvolvimento Alcides Tápias.
O assunto voltou ao cenário
político. Desta vez o duelo seria
entre os ministros Antonio Palocci Filho (Fazenda -o "monetarista") e Luiz Fernando
Furlan (Desenvolvimento).
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