Empresa é investigada por atuação com varejo virtual

DA REPORTAGEM LOCAL

A Redecard anunciou ontem que vai buscar uma solução negociada ao processo administrativo aberto contra ela por alegado abuso de poder econômico no comércio eletrônico.
O processo foi instaurado na quinta-feira passada pela Secretaria de Direito Econômico (SDE), do Ministério da Justiça, para apurar se a companhia usa seu poder de mercado para fazer exigências indevidas dos chamados facilitadores -empresas que viabilizam pagamentos via internet.
A Redecard é uma das duas líderes do mercado brasileiro de cartões (a outra é a VisaNet). Ela é praticamente a credenciadora exclusiva da bandeira MasterCard no país.
Além de abrir o processo, a SDE adotou medidas preventivas, de efeito imediato, proibindo a Redecard de impor um novo contrato e de exigir o nome dos clientes dos facilitadores. Ao tomar a decisão, a SDE aceitou reclamação feita pela Associação Brasileira de Internet (Abranet).
"A Redecard vai acatar as medidas e apresentar todos os esclarecimentos necessários sobre os motivos que nos levaram a atualizar nossos contratos com os facilitadores", disse à Folha Ronaldo Varela, diretor-executivo da Redecard para as áreas de emissores e produtos.
Segundo Varela, a Redecard não pratica abuso de poder econômico, só procura adaptar seus contratos aos padrões de segurança da MasterCard, no combate a crimes na internet como pirataria e pornografia.
Em nota, a Abranet elogiou a medida da SDE. Para a entidade, a medida beneficia estabelecimentos e consumidores e proporciona "maior concorrência no mercado de pagamentos eletrônicos no Brasil".


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